O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, que também é membro do Centro de Contingência ao Coronavírus em São Paulo, disse que, diante do cenário atual da pandemia, não é o momento de cogitar reaberturas maiores de serviços não essenciais, muito menos pensar em eventos com grandes aglomerações, como Carnaval e Réveillon.
“É muito precoce. Não sabemos o que vai acontecer. O grande aprendizado atual é o seguinte: a pandemia não é uma situação matemática. Temos que observar dia a dia”. Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.
Sua declaração foi feita uma semana depois do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), dizer que “a princípio, a cidade terá Réveillon, terá Carnaval” em 2022.
O próprio governador João Doria (PSDB) disse, nesta segunda, que haverá reabertura gradual de público em eventos culturais a partir de outubro. Dimas, no entanto, pede cautela e diz que o estado de São Paulo está “começando a ver” os efeitos da vacinação em “ambiente de controle”.
“Estamos em ambiente de medidas de restrição, tendo um efeito claro da vacinação. O que não se pode fazer é uma reabertura generalizada, que aí corremos o risco de fazer o que aconteceu em outros países”. Dimas Covas.
Ele citou como exemplo a alta de casos de covid-19 no Chile, mesmo com boa parte da população parcialmente vacinada.