O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou a votação da PEC do voto impresso ainda hoje na sessão do Plenário. O texto já foi rejeitado pela comissão especial na última sexta-feira (6), por 23 votos a 11.
O parlamentar disse esperar que haja um resultado final, favorável ou não à mudança. Para ele, a definição é essencial para que outros temas mais importantes tenham mais atenção.
“O intuito de trazê-lo ao plenário é para que hoje nós tenhamos um resultado final desse assunto”. Arthur Lira, na chegada da Câmara.
Lira disse, porém, torcer para que “não haja vencidos nem vencedores” porque, na visão dele, essa é “uma matéria como outra qualquer”. O deputado também lembrou que o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu “a aceitar o resultado do Plenário”.
Alguns líderes de partidos já garantiram que o projeto defendido pelo governo e proposto pela deputada Bia Kicis (PSL-DF), que anexa uma impressora na atual urna eletrônica, terá dificuldades de ser aprovado.
Oposição
Líderes de partidos de oposição a Jair Bolsonaro articularam para que Lira colocasse a PEC do voto impresso em votação hoje, e não amanhã (11). Isso não só para que a PEC seja derrotada, mas para que sofra um revés por larga margem de votos.
A ideia com isso é a de dar uma resposta ao desfile militar realizado em Brasília nesta terça, visto como uma tentativa de intimidação por parte de Bolsonaro, principal defensor da PEC.
A PEC precisa de ao menos 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação, para ser aprovada na Câmara. Depois, seguiria para o Senado, onde precisaria do aval de pelo menos 49 dos 81 parlamentares, também em dois turnos. Se aprovada nas duas Casas, a PEC é promulgada, sem necessidade de sanção presidencial.