27 de julho de 2024Informação, independência e credibilidade
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Projeto no senado autoriza desmatamento de mais de 281 mil/km na Amazônia

Apesar do Rio Grande do Sul, bancada ruralista defende desmatamento para criar gado e plantar soja e nega aquecimento global

A tragédia climática do Rio Grande do Sul não vai parar o negacionismo dos endinheirados que cultuam o desmatamento de reservas florestais, em nome dos seus interesses comerciais.

A tragédia não choca essa gente que só vê mesmo o cifrão diante dos olhos. Não pactuam de forma responsável, não aceitam críticas e nem considerações de respeito ao meio ambiente.

Tanto é assim que está para ser votado por esses dias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o PL 3334/23. O projeto permite a redução da reserva legal de 80% para 50% na Amazônia, notadamente em municípios cujos territórios sejam mais da metade ocupados por áreas protegidas.

Isto é, o texto defendido pela bancada do agronegócio autoriza o desmatamento na região, que representa um potencial de desmatamento de pelo menos 28,17 milhões de hectares, que equivale a mais de 281 mil quilômetros quadrados.

Ou seja, uma área bem maior que todo o Estado do Rio Grande Sul.

Não adianta dizer para os parlamentares que o desmatamento da região vai ampliar o aquecimento global, que logo eles rebatem com o argumento de que “isso é coisa de comunista”.

Não aceitam que a defesa do meio ambiente é a defesa da vida. O desmatamento para essa gente é estratégico para a criação de gado de corte e plantios de soja e arroz, que rendem e enriquecem investidores nas bolsas do mercado de capital.

Enquanto os gaúchos sentem o drama e o peso da tormenta, os parlamentares querem votar o projeto desmatamento a partir desta semana.

Enfim, a política predatória ambiental é a bandeira nefasta para atrair novas tragédias climáticas no País.

E o pior: eles têm votos e disposição para fazer o mal em função da dinheirama que lhes atrai.