Logo após declarar apoio ao deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara, o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, inicia agora uma ofensiva para controlar o Senado Federal.
A ideia é não permitir que o senador alagoano Renan Calheiros (MDB) consiga se eleger presidente. Mais que isso ainda: a meta é alijar o senador do processo da disputa pela Mesa Diretora do Senado.
O PSL articula a construção de um consenso entre os senadores que já se movimentam como pré-candidatos à presidência da Casa e fazem oposição a Renan.
O nome defendido pelo partido é o do irriquieto e polêmico, Major Olímpio, eleito senador pelo Estado de São Paulo. O Major tem apoio declarado do presidente da República.
Mas, o próprio Major Olímpio admitiu que desistirá da disputa se um aliado se destacar como nome anti-Renan. “Já estava fazendo isso (tentando unificar candidaturas anti-Renan), tanto que estava conversando com as candidaturas colocadas e buscando um consenso. A única coisa que mudou é que eu passo a ser mais um desses (candidatos), mas procurando esse consenso”, disse.
Consta que os líderes do partido de Bolsonaro têm realizado encontros com senadores que pretendem disputar o pleito em fevereiro. Conversas foram feitas com Davi Alcolumbre (DEM-AP), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Alvaro Dias (Podemos-PR) e Esperidião Amin (PP-SC). As negociações também devem chegar a Simone Tebet (MDB-MS), que, apesar de não ser candidata oficialmente, é vista como alternativa a Renan no MDB.