6 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Aumento das rachaduras: Defesa Civil cogita demolição de prédios no Pinheiro

Novos problemas foram notados pelo síndico de um dos blocos; Braskem liberou nota dizendo que já paralisou todas as atividades de extração de pré-sal

A Defesa Civil de Maceió já avalia a possibilidade de demolir prédios em blocos do Conjunto Jardim Acácia, no Pinheiro. Isso tudo porque, na região, houve uma evolução das rachaduras, provocadas pelo afundamento do solo.

Joana Borba, diretora de operações do órgão, no entanto, diz que a situação vai ser conversada discutida entre a Defesa Civil e outros órgãos. Da mesma forma, se confirmada a necessidade da demolição, na mesma reunião será decidido o que fazer com as famílias que possuem imóveis na região.

As novas rachaduras foram notadas pelo síndico de um dos blocos. E na manhã desta terça (29), engenheiros comprovaram a gravidade do problema. A conclusão foi de que houve uma evolução se comparada com a vistoria de duas semanas atrás.

O local fica situado em uma área já evacuada e isolada pelo órgão. Os blocos 7, 8 e 9, próximos a um mercadinho, foram analisados pelo órgão. O bloco 7 é onde, segundo os moradores, o chão teria cedido.

“Estamos acompanhando e está tendo um avanço significativo. A primeira medida já foi tomada, que foi o isolamento, que já é uma medida de segurança com relação ao entorno da edificação. As demais vamos levar para conversar. Já é algo que existia, a evolução não é surpresa. O solo continua movimentando, não parou desde então. E a evolução tende a continuar pois não existe solução técnica para o caso”. Victor Gama, engenheiro.

Fake news e ajuda humanitária

Joana Borba aproveitou a situação do Conjunto Jardim Acácia para desmentir uma informação sobre o Edifício Albarello. Segundo o que circula nas redes sociais, o prédio será demolido. O que não é verdade.

Apesar disso, as famílias deste prédio foram notificadas para saírem do imóvel, como medida de segurança. E afirmou que a ajuda humanitária que assiste as famílias com residências no Pinheiro continuará sendo paga normalmente.

 “A ajuda humanitária vem sendo paga desde janeiro; a renovação foi realizada e está sendo conforme os lotes. Teve um lote que teve um pequeno problema, mas já está sendo resolvido e vai se normalizar. As famílias vão receber normalmente”. Joana Borba, diretora de operações da Defesa Civil.

Braskem

Em nota, a Braskem afirmou que paralisou preventivamente, desde maio último, a extração de sal e a operação na fábrica de Cloro Soda no Pontal da Barra e não voltará a explorar sal na região. Confira a nota na íntegra:

A Braskem segue realizando estudos e mobilizou renomados especialistas para compreender as causas e propor soluções adequadas para a população do Pinheiro, Mutange e Bebedouro.

A empresa paralisou preventivamente, em maio deste ano, a extração de sal e a operação na fábrica de Cloro Soda, no Pontal da Barra em Maceió e não voltará a explorar sal nos três bairros. A empresa também realiza ações de apoio à comunidade, definidas em termo de cooperação técnica firmado com órgãos públicos.

Entre as ações já concluídas estão a inspeção da principal rede do sistema de drenagem pluvial do Pinheiro; doação e instalação de equipamentos da Central de Monitoramento da Defesa Civil de Maceió; instalação de uma estação meteorológica e um sistema de monitoramento de movimentação do solo por GPS de alta precisão; inspeção predial de escolas e conjuntos habitacionais localizados em áreas críticas do bairro.

Atualmente, a empresa está com duas empresas trabalhando nas obras de recuperação do pavimento em ruas no Pinheiro. Elas promovem mais segurança no trânsito de pessoas e automóveis e reduzem o risco de infiltrações que se agravam no período chuvoso.