O político da oposição russa Alexei Navalny, o maior rival do presidente Vladimir Putin dentro da Rússia, morreu, de acordo com o serviço penitenciário. dissidente preso, que fez campanha contra a corrupção oficial e liderou grandes protestos anti-Kremlin, tinha 47 anos.
Putin foi informado da sua morte, segundo a agência estatal de notícias TASS. O Serviço Penitenciário Federal de Yamal disse em comunicado:
“Em 16 de fevereiro de 2024, na colônia penal nº 3, o condenado AA Navalny sentiu-se mal após uma caminhada, perdendo quase imediatamente a consciência. Os profissionais médicos da instalação chegaram imediatamente ao local e uma equipe médica de emergência foi chamada. Todas as medidas de reanimação necessárias foram realizadas, mas não produziram resultados positivos. Médicos de emergência confirmaram a morte do condenado. As causas da morte foram estabelecidas.”
Reações
O vencedor do Prêmio Nobel da Paz e jornalista de campanha, Dmitry Muratov, editor-chefe do jornal independente mais famoso da Rússia, Novaya Gazeta, descreveu a morte de Navalny como “assassinato” e disse acreditar que as condições da prisão levaram a isso.
O líder ucraniano Volodymyr Zelenskyy disse que é “óbvio” que Putin esteve diretamente por trás da morte de seu arquiinimigo.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse: “Estas são notícias terríveis. Como o mais feroz defensor da democracia russa, Alexei Navalny demonstrou uma coragem incrível ao longo da sua vida.
“Meus pensamentos estão com sua esposa e com o povo da Rússia, para quem esta é uma enorme tragédia.”
O presidente do Conselho da UE, Charles Michel, disse que Navalny “lutou pelos valores da liberdade e da democracia”. Ele acrescentou: “Por seus ideais, ele fez o sacrifício final. A UE considera o regime russo o único responsável por esta morte trágica.”
O ministro das Relações Exteriores da França, Stephane Sejourne, disse que Navalny pagou com a vida por sua “resistência a um sistema de opressão”. Sejourne acrescentou: “A sua morte numa colónia penal lembra-nos a realidade do regime de Vladimir Putin”.
O presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, escreveu nas redes sociais que Navalny foi “brutalmente assassinado pelo Kremlin”.