20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Blog da Graça Carvalho

Sem jabuticabas como ficaria a economia alagoana?

Fecomercio pede antecipação do 13º salário dos servidores estaduais

De olho no 13º salário dos servidores públicos estaduais, que, em Alagoas, representam uma significa fatia de cidadãos e cidadãs economicamente ativos, a Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) fez o tradicional pedido de antecipação do pagamento à Secretaria de Estado da Fazenda.

Protocolado ontem, o ofício já deve estar na mesa do secretário George Santoro. Por meio de sua Assessoria de Comunicação, o presidente  da Fecomércio, Wilton Malta jutificou que, embora o período de final de ano ser considerado o de melhor em faturamento para os lojistas, o cenário econômico ainda não está favorável.

“No momento em que vivemos, as decisões empresariais são tomadas em ambientes de incertezas. O empresário precisa investir em seus estoques e equipes, mas esbarra numa economia instável que faz os juros oscilarem e aumenta os custos do empreendimento”, avalia Malta, que  também solicitou que o pagamento do ICMS incidente sobre as vendas de novembro e dezembro possa ocorrer até março de 2019.

Se essa solicitação também for aprovada, ainda segundo Malta, contribuintes cuja atividade econômica enquadre-se como comércio varejista e atacadista também vão ser beneficiados. De acordo com Malta, essa postergação do repasse do ICMS seria importante porque,  no final de ano as obrigações são duplicadas, mas a maioria das vendas acontece de forma parcelada via cartão de crédito ou crediário, repercutindo nas receitas e despesas assumidas pelos lojistas.

Enfim, agora, vamos imaginar o servidor alagoano e o trabalhador, de um modo geral) sem o 13º salário, como defendeu, durante a campanha,  o general Hamilton Mourão, agora, vice-presidente eleito.  Sem as “jabuticabas brasileiras” (expressão que ele utilizou para se referir ao 13º e outros direitos ) como ficaria a economia alagoana?

Mais trabalho e menos direitos garantem movimentação da economia? Não precisa ser economista para arriscar um palpite. Pelo menos, em Alagoas, é provável que não.