16 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Servidores de Maceió e Sinteal realizam protesto na Semed

A categoria, em greve desde o dia 17 de julho, protestou e cobrou respostas da Prefeitura

Aproveitando a solenidade de reinauguração da estrutura do Conselho Municipal de Educação – Comed, na sede da Secretaria Municipal de Educação de Maceió, no bairro da Cambona, o Sinteal e trabalhadores da rede pública municipal de Educaçãorealizaram, na tarde desta terça-feira (21), um protesto no pátio da instituição.

A categoria, em greve desde o dia 17 de julho, protestou e cobrou respostas da Prefeitura e da Semed, para apresentar uma série de relatórios por escolas, que elenca e denuncia uma série de problemas não resolvidos pelos gestores.

Os relatórios foram lidos por diretoras do Sinteal, mas também apresentados por professores e outros profissionais em educação da rede. Eles apontam uma série de irregularidades, como a falta de professores e de demais profissionais da educação, falta de livros didáticos, de ar-condicionados e de bebedouros, sucateamento das salas de informática, falta de segurança e infraestrutura precária.

Greve

A Câmara Municipal de Maceió se comprometeu em não colocar em votação a Mensagem do Prefeito Rui Palmeira que reajusta em 3% os salários dos servidores de Maceió até o resultado de uma reunião de conciliação entre a categoria e a prefeitura, marcada para esta semana, no Tribunal de Justiça do Estado. A Justiça já decretou a legalidade da paralisação

A primeira reunião aconteceu no mesmo dia em que o judiciário brasileiro aprovou, pra si mesmo, reajuste de 16% no próprio salário. E em Maceió, os servidores não conseguem mais de 3%.

“A greve é a única forma de cobrar o nosso direito. Estamos desde 2014 com perdas inflacionárias e a proposta que o prefeito oferece, contempla apenas IPCA de 2017 e ainda não consagra a data-base”, declarou à época o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió (Sindspref), Sidney Lopes.

“O prefeito Rui Palmeira alega que está acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas nós sabemos que Maceió ainda está bem abaixo, o que permitiria o reajuste que reivindicamos. Afinal, estamos com os salários defasados desde 2015”, argumentou ele, lembrando que mensalmente gasta-se mais de oito milhões de reais com terceirizados.