Se já não era boa a situação de Jair Bolsonaro (PL) no âmbito da justiça federal, agora é que tudo se complica, após as denúncias do senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES).
O Judiciário retoma suas atividades na próxima semana e tanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como no Supremo Tribunal Federal (STF), há ações contundente contra o ex-presidente da República, hoje apontado o idealizador dos atos terroristas e golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.
No entanto, é na justiça eleitoral a maior expectativa, onde há ações que podem tornar Bolsonaro condenado e inelegível para cargos públicos
Na cena do crime
Bolsonaro foi apontado na cena do crime dos atos golpistas, nesta quinta-feira, 2, após as declarações do senador Marcos do Val (Podemos-ES) a respeito do suposto envolvimento do ex-presidente, com participação do ex-deputado federal Daniel Silveira (PRB-RJ), em tentativa de golpe de Estado no País.
Disse o senador, que já depôs à Polícia Federal, que a articulação de Silveira o levou até o presidente da República em dezembro do ano passado, para armar uma escuta e em seguida plantar uma denúncia contra o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. O objetivo era instituir o golpe para anular o processo eleitoral, intervir na justiça, evitar a posse de Luis Inácio Lula da Silva (PT) e prender o ministro presidente da corte.
Bolsonaro também já responde na justiça, após a Polícia Federal encontrar na casa do ex-ministro Anderson Torres, a minuta de golpe encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres, que está preso.
Muito antes das eleições, Jair Bolsonaro levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, atacou o processo eleitoral e ainda repetiu os mesmos argumentos golpista, que haviam sido desmentidos por órgãos oficiais diante da comunidade internacional.