Proibidos de receber doações de empresas nas eleições deste ano, os candidatos à sucessão de Michel Temer devem gastar menos na disputa deste ano .A previsão inicial das principais campanhas é de gastarem, juntas, cerca de R$ 200 milhões.
Levando em conta a inflação, este valor representa apenas 45% do que foi desembolsado somente na campanha de reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014. Ela diz ter gasto R$ 351 milhões há quatro anos, R$ 438 milhões em valores atuais.
Na eleição passada, os três primeiros colocados (Dilma, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) gastaram juntos em torno de R$ 800 milhões, segundo dados informados pelas candidaturas à Justiça Eleitoral.
Sem recursos de empresas, as formas de custeio permitidas neste ano são por repasses do fundo eleitoral, doações de pessoas físicas e autofinanciamento. A redução da estimativa também se deve à aprovação pelo Congresso de um teto de gastos por candidatura.
Para o posto de presidente, por exemplo, foi determinado um valor máximo de R$ 70 milhões para o primeiro turno. No segundo turno, o limite passa para R$ 35 milhões. Vale lembrar que no ano passado, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou que o candidato “não compra nem picolé” para ter criança em seu comício com esses valores.
Previsões
Para este ano, a previsão do PT é gastar, no mínimo, R$ 50 milhões com a campanha presidencial. Para tentar eleger Geraldo Alckmin, o PSDB estima um valor total de R$ 43 milhões, contra os R$ 279 milhões para Aécio. A campanha de Ciro Gomes, do PDT, estima uma quantia de R$ 40 milhões para tentar elegê-lo.
Já a candidatura de Marina estima uma despesa mínima neste ano de R$ 15 milhões, mas não negam atingir o teto da campanha. A assessoria de Jair Bolsonaro, do PSL, claro, não definiu valores. Durante a pré-campanha, ele informou que pretende gastar apenas R$ 1 milhão.