O blogueiro Wellington Macedo de Souza, um dos suspeitos da tentativa de explodir um caminhão carregado de combustíveis no aeroporto de Brasília, teve um cargo de confiança no Ministério dos Direitos Humanos no início do governo Bolsonaro.
Ele já tinha prisão domiciliar decretada e é considerado foragido, depois de retirar, de forma ilegal, sua tornozeleira eletrônica.
Mesmo condenado, ele frequentava o acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília e fez o transporte das bombas com outros radicais que tentaram fazer um atentado no Aeroporto Internacional de Brasília.
Wellington é o terceiro homem envolvido na tentativa frustrada de ataque ao aeroporto. A justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia neste domingo e tornou os três réus. O programa indicou, ainda, que radicais bolsonaristas também planejavam explodir subestações de energia em Brasília.
Além de Wellington, os outros homens envolvidos na tentativa de explodir o aeroporto eram George Washington Oliveira de Sousa, que foi o responsável por montar a bomba, e Alan Diego dos Santos Rodrigues, que recebeu a bomba e levou até o local com a ajuda de Souza. Apenas George está preso – Alan e Wellington estão foragidos.
Os dois colocaram a bomba em um caminhão carregado de querosene. De acordo com a investigação do programa, eles chegaram a acionar o artefato para que explodisse no dia 24 de dezembro. Mas uma falha na montagem evitou a explosão.
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PF
Ainda em agosto do ano passado a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra Souza na operação que mirou o deputado Otoni de Paula e o cantor Sérgio Reis por ataques à democracia.
Souza foi assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente de fevereiro a outubro de 2019, pasta de Damares. Despachava na Diretoria Nacional de Promoção e Fortalecimento de Direitos da Criança e do Adolescente.
Em 2020, foi eleito vereador suplente pelo MDB em Sobral (CE) e recebeu quatro parcelas do auxílio emergencial do governo federal. Souza sacou R$ 2,4 mil do benefício de maio a setembro, durante a campanha eleitoral.
O blogueiro, o cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis e outros sete investigados pela PF estão proibidos de se aproximar da Praça dos Três Poderes, de ministros do Supremo e senadores. Os alvos também tiveram redes sociais bloqueadas. A decisão foi do ministro Alexandre Moraes, a pedido da PGR.
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