A taxa de desemprego do Brasil iniciou 2020 em 11,2%, com 11,9 milhões de desempregados no trimestre encerrado em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28).
A taxa teve alta de 0,2 pontos percentual nos três meses até janeiro, na comparação com o índice de 11% até dezembro, de acordo com os dados da Pnad Contínua.
A alta levou a taxa ao mesmo patamar visto nos três meses até novembro, com o mercado mostrando aumento no número de pessoas desocupadas e queda entre as ocupadas na comparação com o final do ano passado.
Ainda assim a leitura é a menor para trimestres encerrados em janeiro desde 2016 e ficou ligeiramente abaixo da expectativa de 11,3% feita por analistas.
“O mercado de trabalho abriu 2020 numa condição melhor do que em anos anteriores”, afirmou a analista da pesquisa no IBGE, Adriana Beringuy.
Entre novembro e janeiro, o Brasil tinha 94,151 milhões de pessoas ocupadas, contra 94,552 milhões no trimestre até dezembro e 92,291 milhões no ano anterior.
O total de desempregados foi a 11,913 milhões, de 11,632 entre outubro e dezembro e 12,625 milhões no mesmo período de 2019.
Informalidade
O ano de 2019 foi profundamente marcado pela informalidade, que ajudou a baixar a taxa de desemprego, mas o ano iniciou com aumento na carteira assinada.
Nos três meses até janeiro, os trabalhadores com carteira assinada atingiram 33,711 milhões no período, de 33,668 entre outubro e dezembro.
Por sua vez, os empregados sem carteira no setor privado somavam 11,673 milhões, de 11,855 milhões nos três meses imediatamente anteriores.
O rendimento médio do trabalhador foi de R$ 2.361 nos três meses até janeiro, contra R$ 2.355 nos três meses até dezembro e igualando o valor do mesmo período de 2019.
Na véspera, o Ministério da Economia informou que os dados de janeiro do Caged, sobre abertura formal de vagas de emprego no país, sairão apenas na segunda quinzena de março.
Desalento
Segundo o IBGE, o Brasil tinha uma população de 4,698 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em janeiro.
O resultado significa 83 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2019. Em um ano, 25 mil pessoas a mais entraram nessa condição.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Reuters