18 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Temer se vê tendo que alterar base curricular para o ensino médio

Com foco apenas em gramática e matemática, educação tiraria peso de ciências e estudos sociais

O Ministério da Educação decidiu alterar e ampliar a Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio, alvo de críticas desde a apresentação do texto que seria definitivo, em abril.

A base define aquilo que os alunos de escolas públicas e particulares devem aprender na educação básica. Ao ser aprovada, será definido um prazo para tirá-la do papel,mas a tendência é que os estados tenham dois anos para adaptar seus currículos.

A parte do ensino médio tem sido criticada por não detalhar conteúdos das áreas de ciências humanas e ciências da natureza. Apenas linguagens e matemática tiveram atenção dada e, ainda sim carecem de clareza e rigor, segundo críticos.

O documento também não indica quais competências específicas de cada área do conhecimento devem ancorar os currículos das chamadas linhas de aprofundamento, que são as partes que os alunos vão escolher estudar.

Pelo que foi aprovado na reforma do ensino médio, em fevereiro de 2017, parte do conteúdo da etapa será comum a todos, e a outra, de acordo com a escolha do aluno.

Esses itinerários serão escolhidos a partir da oferta de cinco áreas: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e educação profissional. A reforma define que 60% da grade do ensino médio seja comum. O resto será flexível, cabendo ao aluno optar por alguma das áreas.