O novo comando do Tribunal de Justiça de Alagoas achou pouco o número de militares em sua assessoria e resolveu aumentar de 20 para 24 os fardados, sem coturnos, nos gabinetes atapetados da corte.
Há inclusive uma resolução de governo que limita em 20 o número de militares em assessorias. Essa não valeu para o TJ. A determinação quantitativa está no artigo 2º do Decreto 37.611, de 1º de janeiro de 2015.
O coronel Adroaldo Goulart é o novo chefe da Assessoria Militar do TJ/AL. Ele foi empossado nesta segunda-feira, 25, em solenidade coordenada pelo desembargador Kléver Loureiro, novo presidente do Tribunal.
No ato, o coronel declarou ao portal de notícias tjal.jus.br que “a expectativa é boa. Espero chegar ao final do biênio tendo cumprido a missão do órgão”.
Certamente uma gigantesca missão para todos no confortável ambiente da corte, onde o poder se materializa e se impõe perante a sociedade.
Não é à toa que são muitos os militares que brigam na corporação por uma vaga nas diversas assessorias nos tribunais e demais poderes,
Acontece aqui e em todo o País.
Os quantitativos do próprio Palácio do Governo do Estado, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual e outros órgãos que possuem Gabinete Militar na sua estrutura, não correspondem a realidade estabelecida em Lei. Muitos policiais militares e civis estão lotados em unidades de suas corporações, mas prestam serviços à autoridades e até aos familiares das autoridades, no conhecido desvio de função, proibido por Lei, mas comum em Alagoas e certamente, em todo o Brasil.