Após a decisão provisória no Supremo Tribunal Federal (STF) do ministro Ricardo Lewandowski, que permitia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a concedesse entrevista à Folha de S.Paulo, ter sido suspensa por Luiz Fux, o novo presidente do STF, Dias Toffoli, já sonda ministros para julgar a viabilidade ou não desta entrevista.
A ideia é levar a discussão para plenária nesta quarta-feira (4). A pauta poderia servir inclusive como forma de esclarecimento. Até integrantes do STF que são contra Lula falar com a imprensa dizem que o caminho escolhido por Fux é tecnicamente injustificável.
Fux teria errado pois não cabia suspensão de liminar, já que não havia nem liminar, nem risco à ordem pública e, ainda que houvesse, ele criminalizou a imprensa.
Na decisão, Fux disse: “a liberdade de imprensa deve ser ponderada em face da liberdade do voto”. Pois bem: quem ponderou o ministro?
De qualquer forma, Fux colocou o novo presidente numa arapuca. Se cassar a decisão, será descrito como a representação do PT no STF. Se não cassar a decisão, perde inteiramente sua capacidade política de exercer em sua plenitude a presidência do Tribunal