O general da reserva do Exército Antônio Hamilton Martins Mourão (PRTB) será o vice na chapa presidencial encabeçada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). Ele recebeu o convite do próprio presidenciável, e o PRTB aceitou firmar a coligação.
Mourão foi membro do Alto Comando do Exército até passar para a reserva no início de 2018. Entre 2015 e 2017, ainda no serviço ativo, ele criticou publicamente o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e sugeriu uma intervenção militar no país. Ele foi exonerado do Comando Militar do Sul após fazer críticas ao governo Dilma.
Apesar disso, o comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Boas, disse que não haverá punição ao general Mourão pelas declarações em que sugere a possibilidade de intervenção militar no país.
E o show de horrores poderia ser pior. Na convenção do PSL neste sábado, os militantes presentes contavam com a indicação do “príncipe” Luiz Philippe de Orleans e Bragança como vice. Ele ficou ao lado de Bolsonaro durante o discurso do candidato, mas ficou pra trás, assim como Janaína Pascoal.
Luiz Philippe de Orleans e Bragança se apresenta como ativista político e líder do Movimento Liberal Acorda Brasil e será candidato a deputado federal por São Paulo. O chamam de príncipe por ele ser um dos sucessores do trono da família real brasileira. Não há trono ou família real no Brasil desde que a república foi proclamada em 1889. Pode-se dizer que a família do “príncipe” sofreu um golpe à época.
Que não aconteça mais uma vez. E com Mourão como vice, é preciso torcer. “É uma honra e um privilégio participar da reconstrução do País”, disso o General. O acerto com o PSL leva o PRTB a retirar a pré-candidatura do presidente do partido, Levy Fidelix. Ao menos, neste ano, ninguém deve falar sobre a função do órgão excretor humano. Provavelmente.