No dia seguinte à posse de Lula, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi abordada por uma mulher em um restaurante de Brasília. A bolsonarista perguntou se a ministra não tinha “vergonha de trabalhar para um ladrão”.
Exaltada, a mulher partiu para as ofensas, mas não esperava estar sozinha: outros clientes do restaurante então saíram em defesa de Marina com gritos de “respeita a Marina, respeita o Lula”, “viva Marina” e “viva a democracia”.
A mulher que xingou a titular do Meio Ambiente foi retirada do estabelecimento e Marina Silva, que sem sucesso tentou dialogar com a agressora, agradeceu a ajuda da população.
Segundo a ministra, a mulher se sentiu surpresa com a reação dos presentes, pois avaliava que teria apoio de outros clientes.
No Twitter, o presidente da Rede em São Paulo, Giovanni Mockus, prestou solidariedades à ministra e disse que esse é o “legado de violências” do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Ministra
A nova ministra do Meio Ambiente colocou fim a um dos atos do ex-ministro da pasta Ricardo Salles, que instituía um processo de “conciliação de multas” ambientais entre infratores e o Ibama.
Na prática, as regras que estavam em vigor, em vez de solucionarem o problema do enorme passivo de autuações aplicadas pelo órgão, produziram uma crise administrativa interna, ao retirar uma série de atribuições técnicas dos fiscais, paralisando todo o trabalho em andamento no País.
Um novo decreto estabeleceu qual será, a partir de agora, o processo administrativo federal para apuração destas infrações. Uma das mudanças estabelece que os autos de infração e seus polígonos da área embargada deverão ser públicos e disponibilizados à população pela internet. Os órgãos responsáveis pela autuação deverão manter uma base de dados pública, com todas as multas emitidas.