Teve bate boca e empurrão no plenário da Câmara, nesta quarta-feira, após ventilarem o acordo do governo de Jair Bolsonaro (PSL) liberará R$ 40 milhões em emendas para os deputados favoráveis às alterações na aposentadoria.
O deputado José Medeiros (Pode-MT) acertou o microfone de Aliel Machado (PSB-PR) e ambos se empurraram. Os microfones foram cortados até os parlamentares se acalmarem.
O deputado João Daniel (PT-SE) disse que os R$ 40 milhões seriam o preço que “Bolsonaro está impondo para esta Casa, para aprovar um projeto contra o povo trabalhador”.
Enquanto o petista fazia as declarações, deputados da base gritavam por respeito e diziam que as acusações deveriam ser provadas. A situação piorou quando o deputado Daniel Freitas (PSL-SC) disse que as declarações eram ofensivas e que o deputado petista teria que provar o que acusava.
Os microfones foram cortados. A deputada Geovania de Sá (PSDB-SC), que presidia a sessão no momento, disse que os deputados não estavam respeitando os colegas.
Após a confusão, o deputado Aliel disse que vai entrar com pedido para que a conduta dos deputados da base seja apurada. Ele considerou um “absurdo” um parlamentar tentar impedir outro de falar empurrando o microfone.
O toma lá, dá cá vive.
Emendas
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), ofereceu um extra de R$ 40 milhões, em emendas parlamentares até 2022, a cada deputado federal que votar a favor da reforma da Previdência no plenário da Câmara.
Isto representa um acréscimo de 65% no valor que cada deputado pode manejar no Orçamento federal de 2019 para obras e investimentos de infraestrutura em seus redutos eleitorais.
Hoje, os congressistas têm direito a R$ 15,4 milhões em emendas parlamentares. Com os R$ 10 milhões extras por ano, esse valor pularia para R$ 25 milhões.
A proposta foi feita na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na semana passada, foi confirmado por líderes de cinco partidos governistas e a proposta envolve deputados do DEM, PP, PSD, PR, PRB e Solidariedade.
Partidos do chamado centrão cobram da gestão Bolsonaro participação no governo e maior empenho na liberação das emendas para aprovar a medida.