Compra de votos: todos sabem, falam e ninguém faz absolutamente nada
É muito comum nesta época a discussão acirrada sobre a compra de votos. Normalmente, a reclamação é contra o pobre que vende o voto a cem ou mais reais. Nunca contra o rico.
Mas, em verdade, o rico também vende seu voto. Sempre o fez. Só que o valor agregado é outro. Vende pelo emprego do filho, do genro ou da nora nas instituições públicas - todos os poderes - pela facilitação do financiamento da propriedade nos Banco do Brasil ou do Nordeste, pelo tráfico de influência, pela carona que recebeu no jatinho para ir a Miami, entre outras coisas mais confortáveis.
Raros ainda são os cidadãos que votam conscientemente.
A questão é: se alguém vende o voto é por que há comprador. E cada vez há mais compradores, endinheirados, com recursos públicos ou privados, mas gente que compra votos