29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
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A falta de debate é agressão covarde à democracia

Por Wagner Melo, jornalista

A ausência de debates neste segundo turno das eleições presidenciais é preocupante. Mostra que, para o lado que está à frente das pesquisas, propostas e ideias estão em segundo plano. Então, sobra o quê?

Será que os eleitores cegos de paixão sabem o que os esperam? Ou votam, simplesmente, por ódio e para manifestar seus preconceitos? Será que os mais pobres sabem o que, para eles, representa o tal do estado mínimo?

Talvez por isso, esta eleição seja marcada pelas fake news, por mais preocupação com moralismo barato e a tentativa de despertar nas pessoas o medo e o desespero, além da repulsa ao outro.
Somos tão atrasados que o discurso da Guerra Fria ecoa forte por aqui. Ainda caçamos “comunistas” comedores de criancinhas. Muito se fala em não virar Venezuela, mas se esquece que na Argentina, do liberal Macri, um fino seguidor da cartilha do FMI, já há saques a supermercados e a pobreza só aumenta.

Pouco vi propostas para mudar o Brasil. Como cidadão, tenho o direito de ver os dois homens que querem presidir o país em que nasci debatendo e mostrando, realmente, porque têm a melhor proposta para que o Brasil dê uma guinada rumo ao crescimento sustentado.

Ficar somente nas redes sociais e conceder entrevistas a jornalistas “chapa-branca” é muito fácil. Quero ver descer para o play.

Registra-se aqui o apelo de um cidadão para que o tal candidato tenha uma postura democrática e compareça aos debates. Seu que, diante das ideias que ele já expôs, isso é pedir demais. Mas, vai que cola?