19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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A pobreza que volta a nos assombrar

Relatório divulgado pela organização não governamental Oxfam revela que o Brasil estagnou no que diz respeito à redução das desigualdades.

E a tendência é piorar. Ou você acha que ameaças reais como a extinção do 13º salário, das férias remuneradas e a sobrecarga daqueles que ficam em empresas que demitem cada vez mais vão representar empregos e salários maiores para a massa?

“Completamos 30 anos de nossa Constituição Federal, principal instrumento para a redução de desigualdades na história do Brasil. Infelizmente, este marco não enseja comemorações no presente contexto. Pelo contrário, vemos conquistas importantes serem desmanteladas e o prenúncio de um período de crescimento da pobreza e das desigualdades no país”, alerta o texto da apresentação do documento.

De acordo com a ONG, considerando dados tributários, os 1% mais ricos ganham 72 vezes mais que os 50% mais pobres no Brasil. A desigualdade entre os gêneros também grita: pela primeira vez, em 23 anos, houve recuo na equiparação de renda entre mulheres e homens, entre 2016 e 2017.

E preste atenção neste número: “A metade mais pobre da população teve uma retração de 1,6% de seus rendimentos entre 2016 e 2017. Os 10% mais ricos tiveram crescimento de 2% em seus rendimentos entre 2016 e 2017”.

O relatório “País estagnado: Um retrato das desigualdades brasileiras” também aponta que paramos no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), permanecendo na 79ª posição em um ranking de 179 países.

Se continuarmos concedendo privilégios para uma minoria e fazendo com que o trabalhador e os aposentados paguem o pato, aí, sim, viraremos uma Venezuela.