28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
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Acuado com o Covaxingate, Bolsonaro insulta jornalistas e Centrão aproveita o “ou dá ou desce”

Baxarias, agressões a jornalistas são reações medíocres de um ‘gestor’ falacioso

No grito contra jornalistas, Bolsonaro tenta empurrar o escândalo para debaixo do tapete

Então é assim: Insultar jornalistas, berrar nas caras deles, tentar intimidar no grito, tudo isso quando se vê confrontado com a sujeira exposta no Planalto.

Essa tem sido a reação costumeira do senhor Jair Bolsonaro, na hora de prestar contas verdadeiramente à Nação.

É baixaria seguida de baixaria. É falácia sobre falácia. Acuado, reage sempre desrespeitando quem pode menos, xingando covardemente.

E assim vai ser por que isso virou uma marca da sua atuação medíocre e insana.

Quem ama tudo isso são exatamente os seus aliados que pensam e agem como ele, mas, sobretudo, os espertos alinhados do Centrão, bloco parlamentar, que hoje tem o governo nas mãos.

Comandado pelo presidente ds Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o Centrão sabe tirar proveito para si das patacoadas do desgoverno. Foi assim que as lideranças do bloco criaram o “Orçamento Paralelo”, que rateou entre eles R$ 3 bilhões.

Um escândalo da “nova política”, bem ao gosto do parlamento, quando descobre um “gestor” incapaz e, portanto, fragilizado.

Tirar tudo dele é a meta.

O Covaxingate é mais uma peça importante para o Centrão tirar até o último centavo do governo. Mas, tudo que os seus membros não querem é abraço de afogado. Nessa hora o coco muda.

Ora, o contrato de compra de 20 milhões de doses da Covaxin, no valor de R$ 1,6 bilhão, agora é alvo de investigação do Ministério Público Federal. O preço unitário da dose foi fechado em US$ 15, quando, seis meses antes, havia sido estimado em US$ 1,34. Um negócio e tanto na praça. A CPI da  Covid tem panos para as mangas para expor os dados dessa falcatrua escandalosa.

E os parlamentares do bloco aliado sabem muito bem que o escândalo está dentro do Palácio do Planalto e que as reações agressivas do então dono da casa são frutos dessa onda que cresce.

Portanto, não pode ter pergunta de jornalista por perto.  Mas pode ter sempre pressão do Centrão pelo “ou dá ou desce”.