29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Advogada diz temer ser próxima vítima do italiano que matou sem marido no Fórum em Maceió

Viúva afirma que havia pedido à Justiça audiência on-line

A advogada Maricélia Schlemper perdeu o seu marido, José Benedito Alves de Carvalho, o bacharel em Direito, depois dele ser assassinado em frente ao Fórum do Barro Duro por um italiano, que estava se divorciando de sua cliente.

Schlemper afirma que o crime foi premeditado. Além das evidências encontradas após a prisão do italiano, a advogada afirmou, em entrevista na TV, que já havia sido ameaçada mais de uma vez e apelo para que o atirador não deixe a prisão, pois teme pela própria vida.

O italiano teve a prisão preventiva decretada pela Justiça no fim da tarde dessa quarta (10) e já foi conduzido ao Sistema Prisional de Alagoas.

Ele matou José Benedito com tiro no tórax, depois deste se jogar contra o disparo que ia em direção à Schlemper. Antes, o ataliano havia atacado a própria esposa em uma audiência de conciliação, no estacionamento do Fórum.

Schlemper trabalhava para a mulher há aproximadamente sete anos e afirma que o italinao nunca teve a intenção de fazer um acordo em relação a partilha de bens. Ele já havia se mostrado agressivo com ela em outras oportunidades.

“A audiência foi marcada pelo advogado dele, e acabou sendo essa tocaia. Eu estacionei o carro próximo ao Fórum, e o Pasquale veio em nossa direção, já queria me abordar. Ele sacou a arma e colocou na minha cabeça, dizendo que não ia ter acordo nenhum. Eu fiquei paralisada quando ele veio atirar em mim, o Bill [José Benedito] que teve a primeira reação e empurrou. Ele deu um tiro à queima-roupa e só vi meu marido cair na minha frente”. Maricélia Schlemper.

O marido a acompanhava por sempre apoiar o seu trabalho e teria insistido para que ela não desistisse do processo contra o italiano. Maricélia alertou que não havia agente de segurança no estacionamento no momento do ataque e reforçou que poderia ter ocorrido uma tragédia maior.

“Eu espero que esse monstro não seja liberado, porque eu vou ser a próxima, a mulher dele vai ser a próxima. Espero que ele não seja só mais um nessa história de violência, toda a democracia sofre”. Maricélia Schlemper.