O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), em sua fala na CPI da Pandemia, enquanto interrogava o general Eduardo Pazuello, comparou o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro a Arnold Eichmann, o burocrata nazista que cuidava da logística do holocausto judeu.
“Ele agiu segundo o que acreditava ser o seu dever, cumprindo ordens superiores e movido pelo desejo de ascender em sua carreira profissional, na mais perfeita lógica burocrática. Cumpria ordens sem questioná-las, com o maior zelo e eficiência, sem refletir sobre o Bem ou o Mal que pudessem causar”. Alessandro Vieira.
A fala provocou reações entre governistas, que não gostaram da comparação, especialmente pelo fato dos pais de Pazuello serem judeus.
A menção ao burocrata do holocausto, então, foi retirada dos autos. Vieira compreendeu a retirada, mas fez questão de reiterar: a questão era com o excesso burocrático, que Pazuello estaria repetindo.
Isso porque Pazuello evitou falar diretamente com empresas, questionou preços das doses e, até agora, isenta o presidente Jair Bolsonaro de todos os seus mandos e desmandos.
Momentos antes, o próprio Vieira não teve respondido quem teria autorizado o fechamento do hospital federal de campanha no estado do Goiás.