3 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
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Anistia para gente sórdida é sabotar a República e desprezar a democracia

Causa bolsonarista não encontra eco forte dentro do Congresso

Golpistas durante a intentona de 8 de janeiro: Gente sórdida.

Os apelos de lideranças e parlamentares bolsonaristas por anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, surgiram, praticamente, como uma confissão de crime praticado contra o estado democrático de direito e as instituições da República.

Talvez, por isso mesmo, a proposta não tenha ganhado corpo dentro do parlamento brasileiro.

O próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não viu com bons olhos a ideia. Tal como ele, várias outras lideranças do parlamento também não abraçaram a causa desmedida.

Eles sabe bem o que foi a intentona, orquestrada dentro dos porões do governo passado, e que levou a multidão insana a atacar as sedes dos Três Poderes da República.

Os depoimentos do ex-comandante geral do Exército, general Freire Gomes, as anotações do diário do general Augusto Heleno, as declarações à Polícia Federal, do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, além do que já depôs o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, são provas cabais da tentativa tresloucada de golpe de Estado no País.

Mais do que nunca, anistiar agora essa gente sórdida seria desprezar a democracia e criar um rito de sabotagem às instituições da República, cada vez que um ocupante do Palácio do Planalto se mostrasse contrariado por ter perdido às eleições no País.

Enfim, seria a fixação emblemática do lema: “Cometa-se o crime de lesa pátria e receba anistia depois”.