O líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), conversou com Jair Bolsonaro sobre o escândalo da vacina Covaxin e saiu do Palácio do Planalto dizendo que está “tudo tranquilo”.
A expectativa é se Bolsonaro tiraria ou não o deputado da liderança. Mas, Barros disse taxativamente à imprensa: “Eu fico”.
Resta saber que tipo de conversa Barros teve com o presidente da República. O deputado é um dos líderes do Centrão e é investigado há 3 anos, quando era ministro da Saúde no governo Michel Temer.
Na época de ministro ele pagou a Precisa – a mesma empresa da Covaxin – R$ 20 milhões do Ministério da Saúde por medicamentos de alto custo que nunca foram entregues. O caso se arrasta no Ministério Público todo esse tempo.
Agora, no caso Covaxin, o alvoroço tomou conta do Centrão, bloco parlamentar que Barros, Ciro Nogueira e o presidente da Câmara, Arthur Lira, todos do PP, comandam.
Pelo que revelou o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, o esquema da Covaxin de R$ 1,6 bilhão (US$ 200 milhões) tinha corretagem privada nacional e um produto de sobre preço na ordem de 1.000%. Nesse negócio, o parceiro integral do Centrão é o senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), filho zero um do Presidente Bolsonaro.
Ou seja, a CPI tem um escândalo maior que o monte Everest. E o Centrão está atolado até o pescoço nessa falcatrua.
Então quando Ricardo Barros sai de uma conversa com Bolsonaro e diz que fica na liderança do governo, ele sabe bem o porquê.
Mas, uma coisa é certa: Pela pátria é que não é.