19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Após encontro com Bolsonaro sobre Covaxin, Ricardo Barros diz: ‘eu fico’

No negócio de R$ 1,6 bilhão o líder do governo não está só. Ele conhece os parceiros

Barros, Bolsonaro, Ciro Nogueira e Arthur Lira: o Centrão no comando

O líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), conversou com Jair Bolsonaro sobre o escândalo da vacina Covaxin e saiu do Palácio do Planalto dizendo que está “tudo tranquilo”.

A expectativa é se Bolsonaro tiraria ou não o deputado da liderança. Mas, Barros disse taxativamente à imprensa: “Eu fico”.

Resta saber que tipo de conversa Barros teve com o presidente da República. O deputado é um dos líderes do Centrão e é investigado há 3 anos, quando era ministro da Saúde no governo Michel Temer.

Na época de ministro ele pagou  a Precisa – a mesma empresa da Covaxin – R$ 20 milhões  do Ministério da Saúde por medicamentos de alto custo que nunca foram entregues. O caso se arrasta no Ministério Público todo esse tempo.

Agora, no caso Covaxin, o alvoroço tomou conta do Centrão, bloco parlamentar que Barros, Ciro Nogueira e o presidente da Câmara, Arthur Lira, todos do PP, comandam.

Pelo que revelou o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, o esquema da Covaxin de R$ 1,6 bilhão (US$ 200 milhões) tinha corretagem privada nacional e um produto de sobre preço na ordem de 1.000%. Nesse negócio, o parceiro integral do Centrão é o senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), filho zero um do Presidente Bolsonaro.

Ou seja, a CPI tem um escândalo maior que o monte Everest. E o Centrão está atolado até o pescoço nessa falcatrua.

Então quando Ricardo Barros sai de uma conversa com  Bolsonaro e diz que fica na liderança do governo, ele sabe bem o porquê.

Mas, uma coisa é certa: Pela pátria é que não é.