O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse nesta quarta-feira (17) à jornalista Carolina Brígido que existe “zero risco” de um candidato derrotado nas urnas nas eleições de outubro não aceitar o resultado. “Não vai ter golpe”, declarou.
Segundo Aras, não passa de retórica o discurso do presidente Jair Bolsonaro de que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável e, por isso, o resultado das eleições pode ser fraudado.
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“É a retórica. Eu sou o primeiro procurador-geral da República que vem falar sobre linguística. O ato de comprar uma faca ou um revólver e dizer “eu vou matar Joãozinho amanhã” não é crime. As meras lucubrações, ainda que se manifeste para o seu vizinho, não corresponde a nenhum crime”.
Aras reforçou afirmando que as falas de Bolsonaro não o preocupam e que “nem me passa pela cabeça” que o presidente esteja cometendo algum crime. Segundo Aras, não vai ter golpe porque “as instituições brasileiras estão todas trabalhando para que as eleições se realizem em clima de normalidade”.