5 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade

Autor: Marcelo Firmino

No mercado da fé Waldemiro Santiago é um picareta; mas não sozinho

Blog, Brasil, Marcelo Firmino
Uma grande parcela dos brasileiros se escandalizou quando o senhor Waldemiro Santiago, líder da Igreja 'Mundial do Reino de Deus' começou a vender sementes  de feijão aos seus seguidores por até R$ 1 mil, com o argumento de que era a cura para o coronavírus. Escandalizou-se mas não devia. Santiago e uma grande leva de parceiros dele de igrejas evangélicas neopentecostais são, de fato, uns picaretas que apostam na ignorância das pessoas, dentro do mercado da fé que criaram, para faturarem alto. Não são outra coisa: são ladrões. Enganadores abusados, enriqueceram explorando suas vítimas. Seus seguidores, em grande maioria, são pessoas simples com todos os problemas de carência que um ser humano pode ter. Um filão para os falsos profetas. Oséas, já dizia na Bíblia (Cap. 4 V

Matem os CPFs, mas salvem os CNPJs da elite e a reeleição de Bolsonaro

Blog, Marcelo Firmino, Política
  Desde o início da pandemia do coronavírus que o Brasil não tem um plano de combate efetivo à doença. Enquanto o mundo inteiro tratou de se cuidar para salvar vidas, as autoridades aqui ficaram a tergiversar e a ridicularizar o vírus como uma “gripezinha”. A preocupação, desde então, era salvar empresários. Trataram a economia como algo bem superior as vidas humanas. Assim foi com o presidente da República, que até hoje faz campanha pela reabertura do comércio, bem como empresários que chegaram até a fazer propaganda, valorizando o sanduíche que vende e menosprezando “5 ou 7 mil mortes” de brasileiros na pandemia. Este pelo menos foi o caso do senhor Júnior Durski, dono do restaurante Madeiro. Na porta de sua loja fez a divulgação de que o importante era vender sanduí

Guilherme Palmeira, um democrata de respeito, segundo amigos e oposição

Blog, Marcelo Firmino
Guilherme Gracindo Soares Palmeira, "o Guillerme", como assim chamavam os amigos dele, era uma espécie de unanimidade entre os homens verdadeiramente de bem em Alagoas. Nos cargos públicos que ocupou deixou sua marca como gestor e pessoa leal aos princípios de dignidade, justiça e respeito à cidadania. No governo de Alagoas, sua função mais emblemática para os alagoanos, na reta final da ditadura militar, agiu, no entanto, como um democrata, que fez do diálogo à direita e à esquerda sua principal marca. Para isso levou ao seu governo (1979 a 1982) um time de colaboradores com esquerdistas, direitistas, centristas e até isentões, que trabalharam em função do desenvolvimento do Estado. José Bernardes Neto, Evilásio Soriano, Padre Humberto Cavalcanti, José de Melo Gomes, Rui G

Renan diz que Moro conspirou contra democracia e fabricou o fascismo

Blog, Marcelo Firmino, Política
Depois de conspirar contra a democracia, o ex-juiz Sérgio Moro saiu da vida pública "atirando no fascismo que defende e ajudou a fabricar". A fala é do senador Renan Calheiros (MDB) no Twitter. Para ele, os crimes de responsabilidade de Jair Bolsonaro, denunciado por Sérgio Moro "são estarrecedores e gravíssimos: controlar investigações, blindar filhos, interferir na PF para ter acesso a relatórios sigilosos são o fim da linha". O senador lembra o caso Watergate nos Estados Unidos, em 1974, e pontua: - Com Nixon foi assim. Calheiros entende que as instituições devem "investigar a escatologia explícita" na relação Moro-Bolsonaro. E justifica:  -Moro é transgressor confesso.Vazou áudios ilegais, grampeou advogados, escalou quem perseguir, desobedeceu soltura judicial, cons

Bolsonaro e o Pastor: um negócio muito além da China de R$ 144 milhões

Blog, Marcelo Firmino
Definitivamente, rico detesta pagar imposto. E não o faz. Prefere investir na bolsa, sentir-se o próprio rei do mercado financeiro e se dizer senhor da economia. E aí tudo por ela. Que o diga o Pastor evangélico R.R Soares que deve à Receita federal a bagatela de R$ 144 milhões. O débito está inscrito na Dívida Ativa da União. Mas, por pressão do Pastor, o presidente Jair Bolsonaro chamou os responsáveis pela Receita e, na presença do deputado federal Davi Soares (DEM-SP), que é filho de R.R. Soares, emitiu ordem de perdão para o missionário devedor, no estilo mais preferido. -Estou mandando resolver esse assunto. Como para bom entendedor meia palavra basta, a revolta entre os técnicos da Receita foi geral. Afinal, eles são cobrados a não perdoar um centavo sequer do

O quereres de Jair Bolsonaro: ‘quem manda sou eu’. Só faltou o ‘talkei’

Blog, Brasil, Marcelo Firmino
O ex-presidente Lula teve seu nome indicado pela então Presidente Dilma Rousseff (PT) para ser ministro da Casa Civil. Era, naquele momento, uma espécie de último recurso político do governo para por fim à crise de governabilidade que consumia a gestão. O ano, 2016. Dilma, na verdade, queria garantir também um certo foro privilegiado para Lula não ser preso pela Lava Jato, que, diariamente, dizia na Globo que iria prendê-lo. Juntaram-se o Ministério Público Federal e mais todos os aqueles movimentos que "defendiam" um País livre(?), democrata, respeitador das leis, entre outros slogans que criaram para o benefício eleitoral futuro. Foram ao STF e pediram para impedir a posse do ex-presidente. De pronto o Supremo atendeu. Numa decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes. Houv

A marca solidária de um tempo na forma do pão de queijo do Ênio

Blog, Marcelo Firmino, Notícias
Venho de um tempo e lugar, como quase todos de minha geração, onde as pessoas eram muito mais irmanadas. Solidárias. Sem essa de culto à intolerância. São sólidas na memória às imagens do Grupo Escolar 2 de Dezembro e do Ginásio Antônio Farias, lá no pé da Serra Grande, em Paulo Jacinto. Imagens das amizades construídas e fortalecidas ao longo do tempo. Uma boa lembrança da marca solidária -de uma gente simples e sincera da época - está, para mim, na forma de um sanduíche de queijo. Costumava ir ao grupo escolar carregando na lancheira uma fruta. Laranja, banana, fatias de abacaxi, goiaba, enfim, o que a dispensa da cozinha de casa permitia. Vez por outra uma pequena compota de doce de coco de dona Nila. À hora do recreio era uma festa. Meninos e meninas na algazarra e eu,

O mito ruiu e a máscara de Jair Bolsonaro cai em plena pandemia

Blog, Marcelo Firmino, Política
A máscara, tão essencial nesses tempos de pandemia, desnudou de vez a cara de Jair Bolsonaro. O episódio da demissão do delegado Maurício Valeixo, da direção da Polícia Federal, e da saída de Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça, expuseram, ainda mais, a face de um homem incapaz de conduzir os destinos do País. Os prints de uma conversa de WhatsApp, revelados por Moro, mostram um presidente da República tentando esconder a criminalidade que o cerca ou, no minimo, varrer para debaixo do tapete os inquéritos contra familiares seus e mais 10 ou 12 parlamentares ligados ao PSL, ex-partido dele. "Este é mais um motivo para a troca". Diz Bolsonaro em uma das conversas, após encaminhar a Moro a notícia do site O Antagonista sobre os parlamentares alvos dos inquéritos federais. Desp

Em pronunciamento político, Moro praticamente delatou Bolsonaro

Blog, Marcelo Firmino, Política
O pronunciamento de Sérgio Moro foi bombástico. Ele entregou Jair Bolsonaro de bandeja para a justiça. Falou de crimes de improbidade administrativa cometidos pelo presidente, além do crime de falsidade ideológica. Um prato cheio para as instituições com o mínimo de seriedade. O ex-ministro agiu , como bem diz a manchete do Estadão: "Moro atira no coração de Bolsonaro". Sérgio Moro, na verdade, fez um pronunciamento político, focado no seu futuro. O fez com objetivo claro: detonar o governo e se fortalecer para 2022. Ele saiu do governo com aquela história das pessoas que costumam dizer "não tenho mais nada a perder". E por isso saiu atirando com metralhadora giratória. Ao contrário do que fez  Mandetta, o ex-ministro da saúde. Não há como não dizer que Sérgio Moro se ca

Renan Filho nomeia procurador Márcio Roberto Tenório para chefia do Ministério Público

Alagoas, Blog, Marcelo Firmino
Pelo Twitter, o governador Renan Filho (MDB) informou nesta quinta-feira, 23, que nomeou para o cargo de Procurador Geral de Justiça de Alagoas, o Procurador Márcio Roberto Tenório de Albuquerque. No ato, o governador desejou-lhe uma boa gestão à frente do Ministério Público alagoano. Márcio Roberto foi o segundo mais votado na lista tríplice indicada ao governador para a nomeação. O primeiro nome foi o do procurador Marcus Rômulo, com 94 votos. Marcio Roberto teve 77 votos.  O terceiro foi Eduardo Tavares com 62 votos. Agora só falta o MPE marcar o dia da posse.