Após a informação de que Jair Bolsonaro é visto preocupado com seus familiares sendo ‘perseguidos’ e vinculou a mudança do superintendente da PF do Rio Janeiro a uma proteção de sua família em reunião com a presença de Sergio Moro, o presidente afirmou nesta terça-feira (12) que no vídeo não aparecem as palavras “Polícia Federal” ou “superintendência”. E que a gravação deveria ter sido destruída:
“Esse informante, esse vazador… Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras (…). A reunião ministerial sai muita coisa. Agora, não é para ser divulgado. A fita tinha que ser, inclusive, destruída após aproveitar imagens para divulgação, ser destruída. Não sei porque não foi. Eu poderia ter falado isso, mas jamais eu ia faltar com a verdade. Por isso resolvi entregar a fita. Se eu tivesse falado que foi destruída, iam fazer o quê? Nada. Não tinha o que falar”. Jair Bolsonaro, presidente.
“A fita era para ter sido destruída. Não sei porque não foi” – Jair Bolsonaro. Fosse Lula dizendo isso já era motivo para prisão preventiva decretada até por juiz de férias em Portugal e a fita teria saído no Jornal Nacional. pic.twitter.com/YalvOFHTbe
— Rodrigo Lago (@RodLago) May 12, 2020
De acordo com investigadores da PF, o vídeo complica a situação de Bolsonaro e dificulta eventual arquivamento do inquérito por parte do procurador-geral da República, Augusto Aras. Detalhe: o próprio presidente foi um dos primeiros a dizer que a reunião fora gravada.