Para quem ainda não entendeu a fuga de Jair Bolsonaro para os Estados Unidos dias antes do fim de seu mandato: o ex-presidente está com medo da Justiça, pois pela primeira vez em 35 anos não terá imunidade parlamentar. E não quer mais voltar para o Brasil.
Ele tem medo de ser preso.
Hoje em Orlando, na Flórida, Bolsonaro deve inclusive ir mais longe, pois toda a família (ele, a esposa e uma filha menor) pedem celeridade à Embaixada da Itália em Brasília para a emissão da cidadania italiana.
Jair Bolsonaro acredita que o ministro do STF Alexandre de Moraes, ou algum juiz, quando os processos aos quais responde “descerem” para a 1ª instância e expedir mandado de prisão por um de seus inúmeros crimes.
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A principal delas está sob a caneta de Moraes: as fake news propaladas por ele sobre a Aids associada a uma vacina contra Covid-19, na qual a Polícia Federal já indicou sua culpa.
Plano de fuga
Enquanto nos Estados Unidos, Bolsonaro consegue se esconder por um tempo e driblar a Justiça brasileira, mas corre risco de o FBI e a PF baterem à sua porta e voltar algemado para o Brasil em caso de eventual mandado.
Mas, se for para Roma a tempo, com cidadania, ele não volta mais, em razão de o país europeu não ter tratado de extradição.
Isso é tão evidente que a direção do Partido Liberal adiou o aluguel de mansão no Lago Sul em Brasília. Os móveis da família, retirados do Palácio da Alvorada, estão guardados num depósito.
Já os filhos com mandatos, Flávio (senador), Eduardo (deputado federal) e Carlos (vereador no Rio de Janeiro) também estão com pedido de cidadania em aberto, mas não pretendem deixar o Brasil – afinal, possuem imunidade parlamentar.
Oficialmente a Embaixada não confirma o protocolo dos pedidos.