O presidente Jair Bolsonaro (PL) embarca hoje (14) em direção a Moscou, onde terá agendas com o presidente russo, Vladimir Putin, empresários e líderes locais nos próximos dias.
A viagem ocorre em meio a clima de tensão internacional em razão da possibilidade de a Rússia iniciar um conflito armado com a Ucrânia.
Bolsonaro foi aconselhado a cancelar ou adiar a ida à Rússia, mas decidiu ignorar os alertas e manteve a programação inicial. Ele ficará em Moscou até quinta-feira (17), dia em que também visitará a Hungria para encontro com o primeiro-ministro Viktor Orbán.
Acompanhado de ministros e auxiliares, Bolsonaro chegará à capital russa na tarde de terça-feira (15). O mandatário do Palácio do Planalto confirmou que pretende realizar uma live após o desembarque.
No sábado (12), o governante brasileiro destacou que considera a viagem importante porque o país depende da Rússia para importação de fertilizantes. E também fez um pedido de paz: “A gente pede a Deus para que reine a paz no mundo para o bem de todos nós”.
Putin, no entanto, ameaçou os aliados da Ucrânia com uma guerra nuclear, afirmando que não haveria vencedores no confronto. “Vocês não iriam nem piscar.”
Agenda
Bolsonaro e Putin devem se encontrar na quarta-feira (16), no Kremlin, sede do governo local. O visitante terá que se adequar a um rígido esquema de controle sanitário imposto pela autoridade russa.
Foi solicitado que os integrantes da comitiva brasileira façam até 5 testes do tipo RT-PCR para detecção do vírus da covid-19. Um deles seria realizado entre três e quatro horas antes da agenda.
O brasileiros estará com Putin em pelo menos dois momentos na quarta. O primeiro será um encontro de recepção, durante a manhã, seguido por breve conversa entre os dois líderes.
Posteriormente, Bolsonaro e outros membros da delegação brasileira participariam de um almoço no Kremlin, de acordo com o planejamento do Itamaraty.
Além das agendas com o presidente russo, Bolsonaro também participará de compromissos com representantes do Parlamento russo e com empresários da área do agronegócio.
Uma das pautas mais relevantes, do ponto de vista da delegação brasileira, é a comercialização de fertilizantes e insumos fundamentais para o desenvolvimento da agricultura.
Guerra
Outros países como Estados Unidos e França, ainda tantam ajudar com negociações na tentativa de superar as divergências políticas e evitar o início de uma guerra. Que pode gerar instabilidades na Europa e no mundo.
A invasão, no entanto, pode ocorrer a qualquer momento, segundo afirmou Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano.