Um galhofeiro. Embalado nas “fakes”, Bolsonaro zomba de tudo e todos com a gestão bizarra de uma pandemia que já matou mais de 111 mil brasileiros.
E piora mais quando ele mesmo diz que “não vi no mundo quem enfrentou melhor a pandemia do que nós”. Diz, sob os aplausos dos seguidores, que, como ele, acreditam na mentira.
Não para por aí. O homem qualificou como “excepcionais” as ações ministeriais diante do novo coronavírus.
O mundo inteiro tem acompanhado as ações do governo Bolsonaro nesse caso e, certamente, não leva a sério a blasfêmia.
O que se pode deduzir, quando ele faz esse tipo de declaração, é que está falando do auxílio emergencial de R$ 600, que ele próprio propôs R$ 200, o Congresso aumentou para R$ 500 e, na birra, assinou com R$ 100 a mais.
Daí, a razão da declaração: “No meu entender, guardando-se as devidas proporções, não vi no mundo quem enfrentou melhor essa questão do que o nosso governo. Isso nos orgulha. Mostra que tem gente capacitada e preocupada, em especial, com os mais pobres, os mais humildes”.
É exatamente isso. O dinheiro faz a diferença para quem precisa. E quem o recebe fica grato, sempre.
Com dinheiro nas mãos, os humildes votam agradecidos e a isso se acostumam. Assim se faz a maioria dos eleitos, tanto no executivo como no legislativo brasileiro.
Bolsonaro não é exceção à regra e já anuncia a manutenção do auxílio emergencial até dezembro. Depois disso, um novo modelo de Bolsa Família para manter esse eleitorado nos seus devidos currais.
Em síntese, gestão de crise na pandemia é uma coisa que não houve. O projeto é a sustentação do clientelismo eleitoral.
Afinal 2022 está bem ali e cavalo dado não se olha os dentes.