19 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
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Bolsonaro zomba: ‘ninguém enfrentou a pandemia melhor do que nós’

No curso da pandemia, há um projeto de clientelismo eleitoral

Bolsonaro zomba na gestão da crise na pandemia que já matou 111 mil brasileiros

Um galhofeiro. Embalado nas “fakes”, Bolsonaro zomba de tudo e todos com a gestão bizarra de uma pandemia que já matou mais de 111 mil brasileiros.

E piora mais quando ele mesmo diz que “não vi no mundo quem enfrentou melhor a pandemia do que nós”.  Diz, sob os aplausos dos seguidores, que, como ele, acreditam na mentira.

Não para por aí. O homem qualificou como “excepcionais”  as ações ministeriais diante do novo coronavírus.

O mundo inteiro tem acompanhado as ações do governo Bolsonaro nesse caso e, certamente, não leva a sério a blasfêmia.

O que se pode deduzir, quando ele faz esse tipo de declaração, é que está falando do auxílio emergencial de R$ 600, que ele próprio propôs R$ 200, o Congresso aumentou para R$ 500 e, na birra, assinou com R$ 100 a mais.

Daí, a razão da declaração: “No meu entender, guardando-se as devidas proporções, não vi no mundo quem enfrentou melhor essa questão do que o nosso governo. Isso nos orgulha. Mostra que tem gente capacitada e preocupada, em especial, com os mais pobres, os mais humildes”.

É exatamente isso. O dinheiro faz a diferença para quem precisa. E quem o recebe fica grato, sempre.

Com dinheiro nas mãos, os humildes votam agradecidos e a isso se acostumam. Assim se faz a maioria dos eleitos, tanto no executivo como no legislativo brasileiro.

Bolsonaro não é exceção à regra e já anuncia a manutenção do auxílio emergencial até dezembro. Depois disso, um novo modelo de Bolsa Família para manter esse eleitorado nos seus devidos currais.

Em síntese, gestão de crise na pandemia é uma coisa que não houve. O projeto é a sustentação do clientelismo eleitoral.

Afinal 2022 está bem ali e cavalo dado não se olha os dentes.