25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Mundo

Brasil e EUA reconhecem deputado como presidente interino da Venezuela

Juan Guaidó é líder do último órgão estatal sob o controle da oposição venezuelana

Detido e liberado neste domingo, Juan Guaidó, de 35 anos, assumiu no início deste mês a presidência da Assembleia Nacional, último órgão estatal sob o controle da oposição venezuelana, e nesta quarta-feira (23) se autodeclarou líder da Venezuela.

Nicolás Maduro afirmou nesta quarta-feira (23) que não deixará a presidência da Venezuela, e culpou os EUA por “mais uma tentativa de golpe” e anunciou o rompimento das relações com os EUA.

Os Estados Unidos advertiram nesta quarta-feira (23) que “todas as opções” serão analisadas se o governo de Nicolás Maduro usar a força contra a oposição na Venezuela.

Os presidentes de Brasil, Jair Bolsonaro; Colômbia, Iván Duque, e representantes dos governos de Peru e Canadá reconheceram o deputado como novo “presidente da Venezuela”, em uma declaração em Davos.

“O Brasil reconhece o senhor Juan Guaidó como Presidente Encarregado da Venezuela. O Brasil apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela”, destacou o Itamaray em um comunicado.

Presidente em exercício do Brasil, o general Hamilton Mourão (PRTB) disse no início da noite desta quarta-feira (23) que não há chances de o país participar de uma eventual intervenção na Venezuela.

“O Brasil não participa de intervenção. Não é da nossa política externa intervir nos assuntos internos de outros países”. General Morão, presidente interino.

Maduro versus Guaidó

O governo americano alertou Maduro de que está pronto para intensificar sanções econômicas sobre os setores de petróleo, ouro e outros, além de tomar medidas não especificadas, se houver violência direcionada à oposição.

“Se Maduro e seus comparsas escolherem responder com violência, todas as opções estão sobre a mesa para os Estados Unidos em relação a ações a serem tomadas”, disse uma alta autoridade do governo norte-americano em teleconferência com jornalistas.

Após o anúncio de Maduro, Juan Guaidó publicou um documento em suas redes sociais dirigido a todas embaixadas presentes na Venezuela afirmando que as relações diplomáticas com todos os países do mundo estão mantidas.

“Peço que vocês desconheçam qualquer ordem ou disposição que contradiga o firme propósito do poder legislativo da Venezuela”, afirmou. Relatos da imprensa afirmam que há uma ordem de prisão contra Guaidó, que já foi preso brevemente há cerca de duas semanas.