Hoje é Dia Internacional do Emoji. A data comemorativa foi inventada pelo Google para valorizar (ainda mais) o uso daquelas figurinhas emotivas que, em muitas situações, vêm substituindo frases inteiras nas conversas via redes sociais.
Evidentemente, poderia relembrar fatos extremamente importantes ocorridos em 17 de julho, sobretudo em Alagoas. Até acordei lembrando do 17 de julho de 1997, dia em que a Praça da Assembleia, em Maceió, virou um cenário de guerra, fato especialmente retratado no livro-reportagem do jornalista e escritor alagoano Joaldo Cavalcante. Naquela mesma semana, Alagoas se despedia do jornalista Freitas Neto.
Ocorre que, ao abrir o Facebook e me deparar com a saudação “Feliz Dia Internacional do Emoji, Graça”, não resisti à tentação de escrever sobre essas carinhas que trouxeram de volta a comunicação rupestre (aquelas pinturas milenares nas cavernas).
Quem, nos dias de hoje, já não sentiu falta, ao escrever qualquer texto fora das redes sociais, dos emojis para expressar seu estado emocional?
Essa influência da linguagem simbólica na comunicação humana já foi tema de inúmeras teses de inúmeros pesquisadores nos quatro cantos do mundo. Basta uma navegada nas bibliotecas físicas ou virtuais para acessar essa produção de conhecimento.
Do mesmo, também são estudadas as mudanças trazidas para a linguagem com os hiperlinks para a leitura não linear de um texto na Internet. (Usei um bocado deles neste post).
Voltando aos emojis, antes deles, no início da década de 80, surgiram os emoticons, criados pelo norte-americano Scott Fahlman. Aqueles que podem ser “desenhados”, por exemplo, com “dois pontos, traço e fecha parênteses”, para expressar alegria 🙂 Ou com um “abre parênteses” no final da sequência referida, para indicar tristeza ou desaprovação 🙁
Pois é, milênios depois da comunicação rupestre, há uma infinidade de pessoas fechadas nas suas próprias cavernas se comunicando com o mundo por meio dos emoticons (de todos os outros tipos) e versões tipo emojis.
No Brasil, segundo o Google, os três emojis mais usados, em ordem de preferência, são o coração, a carinha apaixonada e as palmas. E haja emojis, em se tratando de Brasil.
Por aqui, as redes sociais consomem 3 horas e 39 minutos de brasileiros e brasileiras, todos os dias nas redes sociais. Pelo menos foi essa a conclusão de pesquisa, realizada em 2017, pela agência We Are Social e a plataforma Hootsuite.
Enfim, “Feliz Dia Internacional do Emoji”, mas que tal sair, ao menos de vez em quando, da caverna virtual para deixar que sentimentos se materializem nos abraços apertados, nos beijos carinhosos ou nos calorosos apertos de mão?