18 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Carlos pegará leve com Mourão para Maia não assumir cadeira do pai

Quem assumiria o comando do Planalto com o vice impedido seria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia

De forma triste e patética, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, segue nas redes sociais mensagens com diretas, indiretas ou sem nexo nenhum contra o vice-presidente Hamilton Mourão.

E nesta quinta (24), Carlos Pitbull Bolsonaro retuitou um vídeo longo de um dos seus aliados, Bernardo P. Küster. São 14m45s de ataques do youtuber e seguidor de Olavo de Carvalho, claro, ao vice-presidente, general da reserva Hamilton Mourão.

Ao final, o youtuber diz que só o que o grupo quer é que Hamilton Mourão fique calado: pare de se colocar como uma opção moderada ao presidente Jair Bolsonaro. Isso porque em caso de viagens, quem assumiria o comando do Planalto com o vice impedido seria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). É ele o segundo na linha de substituição.

Na semana passada, o deputado federal, Marcos Feliciano (Podemos-SP) apresentou o pedido de impeachment na Câmara. Feliciano é o mais novo seguidor das ideias políticas do “guru” e disse ter pedido o impeachment por que “Mourão está conspirando contra Bolsonaro”. A mudança agora deve ser outra, pois eles temem Maia.

Quem assumiria o comando do Planalto com o vice impedido seria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia

Presidente não intervem

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) encerrou entrevista que concedia a jornalistas, na manhã de hoje, ao ser questionado sobre a continuidade dos ataques de um dos seus filhos, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), ao vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB).

A constatação de que Carlos não vai cessar preocupa dirigentes de siglas que tentam se aproximar do Planalto. Comandantes desses partidos dizem já não ter dúvidas de que os ataques do filho são não só avalizados como estimulados por Jair Bolsonaro.

Eles avaliam que o presidente embarcou em teoria conspiratória e dá, em privado, razão à ofensiva protagonizada pelo filho. O desfecho da nova crise produzida pelo governo, afirmam, é imprevisível.