19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Blog

Collor faz pose sorridente nas redes sociais e é cobrado por não pagar trabalhadores

Senador que virou “amigo de infância” de Bolsonaro deve mais de R$ 217 milhões

Collor que amava Dilma, que ama Bolsonaro e é cobrado por não pagar os trabalhadores

Ansioso para ser o candidato de Jair Bolsonaro para o Senado Federal em 2022, o senador Fernando Collor passou a usar as redes sociais de forma quase compulsiva.

Sua constante presença em aplicativos como Twitter, Instagram e Facebook demonstram a clara intenção do novo “amigo de infância” de Jair Messias.

Nas redes, parece mais um menino que ganhou um brinquedo novo e quer aparecer com ele para todos.

Em cada postagem se apresenta cristalinamente como um bolsonarista quase raíz.

Criticado pelo ator Bruno Gagliasso, ele disparou de volta: “Vai para Noronha e para encher o saco”. As respostas contra quem o critica são disso para lá.

Collor se aproximou de Bolsonaro e agora é da base, mesmo já tendo sido chamado de “mentiroso” pelo Capitão, entre outros adjetivos impublicáveis.

Quem levou Collor para a base bolsonarista foi o deputado Arthur Lira, hoje presidente da câmara. Os dois estão alinhados numa relação política que tem a ver com a disputa eleitoral em Alagoas no próximo ano.

Mas, a exposição demasiada de Collor com impulsionamentos nas redes sociais, despertou o interesse de ex-funcionários da Organização Arnon de Mello (OAM) que há mais de dois anos foram desligados das empresas e ainda não receberam os valores das rescisões trabalhistas a que têm direito.

 

 

 

 

 

“Os demitidos” da OAM passaram a monitorar as redes sociais de Collor e até interagir com cobranças de pagamento, via Twitter, Instagram e outros. A estratégia é não deixar o senador livre, leve e solto nas redes por duas razões claras:

Primeiro por que deve e não paga aos seus trabalhadores. Segundo por que é réu no STF, via Operação Lava Jato, e além disso suas empresas deram  calote, até então, em mais de R$ 24 milhões de débitos trabalhistas.

No total, as empresas do senador respondem na Justiça, desde 2019, por uma dívida superior a R$ 217 milhões.  Cerca de R$ 191 milhões correspondem a débitos com fornecedores sem garantias; R$ 24,5 milhões são débitos trabalhistas e R$ 1,4 milhão referente a débitos com pequenas empresas.

Mas, enquanto isso, o senador navega nas redes sociais como o mais sorridente político brasileiro, num deboche escancarado aos trabalhadores que sustentavam suas empresas e que foram demitidos sem direitos.

Collor, claro, que ser reeleito senador. Já os credores  querem que ele pague o que deve e procure outro lavado de roupa.

Não é por outra razão que hoje ele é unha e cutícula com Bolsonaro.

 

 

One Comment

  • Avatar FELIPE FARIAS

    Parabéns pela reportagem! É preciso desmascarar político mentiroso -em todos os meios! E quando eles posam de bonzinhos, com tanta sujeira nas costas, aí é que se tem que denunciar mesmo! Collor, caloteiro!

Comments are closed.