O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com um pedido na Justiça para afastar o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Ele é acusado de assédio moral, perseguição ideológica e perseguição.
O MPT também pede que Camargo pague R$ 200 mil por danos morais. Segundo matéria do Fantástico, que falou primeiro sobre o caso, todos os 16 depoimentos contra Sérgio Camargo convergem para os crimes de assédio moral, perseguição ideológica e perseguição. O alvo de Camargo são, especialmente, o que ele chama de “esquerdistas”.
Segundo denúncias, pessoas são chamadas aos gritos e humilhadas publicamente. Entre os comentários dele estão coisa do tipo “esses homens que têm esses cabelos altos e de periferia é tudo malandro”, segundo disse um ex-funcionário na matéria.
Camargo pedia ainda que “se achasse um esquerdista, era para avisar”. Ainda segundo os relatos obtidos pelo Fantástico, um ex-diretor era chamado pelo presidente da Fundação Palmares de “direita-bundão” por não exonerar os “esquerdistas”.
O presidente da Fundação Cultural Palmares já chegou a dizer que amigos e familiares se afastaram e “deram as costas” porque ele “apoia e acredita” no presidente Jair Bolsonaro. Ele considerou como “livramento” a rejeição de pessoas próximas.
Ataques
Em suas redes sociais, Carmago, que é negro, negou as acusações criando novas provas contra si. Ele afirmou que nunca desqualificou “a aparência de ninguém em toda a minha vida” e afirmou que “orgulho do cabelo é ridículo para o negro”.
Seja por manobra bolsonarista de endossar polêmica atrás de polêmica ou porque simplesmente surtou, nas últimas 24 horas Camargo realizou diversas postagens de ódio em suas redes sociais. Na maioria, contra a população negra e a África.