19 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Como ficam as eleições sem Lula

Maior parcela de seus votantes migraria entre os ministros Marina e Ciro, que ficariam com 18% e 15% no primeiro turno segundo Datafolha em janeiro

No final de janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a liderança nas intenções de voto para a eleição presidencial de outubro apesar da condenação em segunda instância, segundo pesquisa Datafolha. Já sem o petista disputando as eleições, o deputado Jair Bolsonaro (PSC) liderava e até quatro concorrentes disputam o segundo lugar.

No primeiro turno, o índice alcançava até 32% em simulação onde Jair Bolsonaro (PSL) assumia a liderança com 20% das menções. Nessa situação, o deputado era seguido por Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) com 13% e 11% das intenções de voto, respectivamente.

Quando Marina Silva (Rede) aparecia como candidata, votos brancos e nulos caíam para 28% ou 24%, dependendo da combinação de candidatos apresentados.

Isso porque, apesar de um conjunto importante dos lulistas (35%) optar por não votar em ninguém na ausência do ex-presidente, uma parcela equivalente (33%) se dividia entre seus ex-ministros Marina (18%) e Ciro (15%).

A migração de votos de Lula para Alckmin, em janeiro, chegava no máximo a 9% em situação onde Marina era excluída da disputa. Nesse caso, além dos brancos e nulos, Ciro Gomes era o maior herdeiro do petista.

Apesar disso, o tucano, considerado uma opção ao centro do espectro político, é muito menos rejeitado pelos eleitores petistas do que Jair Bolsonaro (PSL), 32% contra 42% respectivamente.

Há também espaço para eventuais substitutos do ex-presidente dentro de seu próprio partido.

Os nomes já testados, como os de Fernando Haddad e Jaques Wagner dependem de comunicação para alavancar alcance nacional e tentar minimizar insatisfações sobre suas gestões locais.