Em videoconferência da UOL, aliados do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional se mostraram contrários às medidas rígidas de isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus no Brasil, recomendadas pela OMS e pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O programa reuniu o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e os os deputados federais Coronel Tadeu (PSL-SP), Major Vitor Hugo (PSL-GO), Carla Zambelli (PSL-SP) e Osmar Terra (MDB-RS), este último ex-ministro da Cidadania e que ativamente está de olho na cadeira do Ministério da Saúde. E para ele, a quarentena é uma ficção:
“Só vale para a classe média, que tem geladeira cheia e dinheiro no banco. Os pobres estão muito mais preocupados com a fome do que com o vírus. Quanto tempo o governo vai ter dinheiro pra repassar se não tem arrecadação”? Osmar Terra, deputado (MDB-RS).
O deputado Coronel Tadeu também sinalizou com a possibilidade de relaxar as medidas de restrição, confrontando as posições de diversos governadores. Segundo sua análise, o Brasil já caminha para o fim da pandemia, como também defendeu o presidente Jair Bolsonaro:
“Temos desde o dia 8 queda no número de casos. Estou olhando em cima de números. Será que esses governadores querem declaradamente fazer uma campanha contra o governo? Eles são do PT e infelizmente não vão consegui entender. Os gráficos estão aí e vem caindo. Temos que acompanhar. O governo vem fazendo um trabalho magnífico com ações coordenadas, e fazendo com que a população não fique em pânico”. Coronel Tadeu, deputado federal (PSL-SP).
O isolamento social é defendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal medida de combate à pandemia da covid-19. Segundo o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, a precaução “é a única opção que temos” frente ao contágio internacional.
“É vital respeitar a dignidade do próximo. É vital que os governos se mantenham informados e apoiem o isolamento”. Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.
Segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde, o Brasil registra 22.169 casos do novo coronavírus, com 1.223 óbitos.