A última do governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e do Bolsokid (o Flávio, senador eleito pelo mesmo Estado – PSL) é importar drones para matar a ponta do tráfico. Sim, eles sabem que não resolve o problema, pois a raiz do crime não está nas favelas, onde eles querem implantar a política de extermínio.
Mas, se desperta a sede de sangue de seus adoradores, vale a pena ventilar insanidades impunemente e ainda serem aplaudidos. Preservar os elos superiores da cadeia do comércio de entorpecentes e só atacar os distribuidores finais é enxugar gelo, não precisa de muita leitura para saber disso.
Basta raciocinar. Aquele menino analfabeto, que cresceu em uma família desestruturada, que muitas vezes só comia quando se virava na rua, tem condições de estabelecer toda uma conexão e logística internacionais para trazer armas de ponta e drogas à biqueira?
Com certeza, tem peixe graúdo por trás, seja na política, na polícia, nos aeroportos, nas igrejas promovendo lavagem de dinheiro… mas, estes homens são “de bem”, intocáveis e respeitados pela sociedade.
Para eles, nada de leis severas e eficientes, nada de drones assassinos à espreita e nem de atiradores de elite prontos para matá-los e “limpar” a sociedade.
Afinal, pardos inocentes que carregavam guarda-chuvas e já foram mortos por ter o objeto confundido com um fuzil são considerados meros “acidentes de trabalho” por quem deveria cuidar da vida das pessoas.
Nessa guerra, ninguém vence. A célebre frase da ex-presidente Dilma Rousseff resume bem o resultado desse tipo de política antidrogas: “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”.