28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Braskem: Engenheiros farão inspeção em condomínios e escolas

Com o resultado da inspeção, será possível avaliar a segurança de condomínios e escolas em até 45 dias

Bairro do Pinheiro. Foto:Marco Antonio/Secom Maceió

Os conjuntos habitacionais Divaldo Suruagy e Jardim Acácia, as escolas municipais Padre Brandão Lima, Radialista Edécio Lopes, Luiz Calheiros Júnior, além da  Escola Estadual Nossa Senhora do Bom Conselho, em Bebedouro, vão passar por uma inspeção de engenharia.

O objetivo do trabalho técnico, de acordo com a petroquímica Braskem, é avaliar a integridade das estruturas das edificações no bairro de Pinheiro, em Maceió.

A ação da Braskem faz parte do Acordo de Cooperação Técnica firmado com o Município de Maceió, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) e os ministérios públicos Federal (MPF), Estadual (MPE) e do Trabalho (MPF), como parte das ações de mitigação conduzidas pela empresa no bairro do Pinheiro.

As edificações prediais estão no mapa de feições elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em parceria com a Defesa Civil Municipal. A inspeção irá começar nesta quarta-feira (15), pelo Conjunto Divaldo Suruagy.

Uma empresa de engenharia sugerida pelo Crea-AL e contratada pela Braskem constatará o estado de conservação dos prédios. Os engenheiros serão acompanhados por integrantes da Defesa Civil durante o serviço.

O objetivo é constatar se há a existência de recalques (movimentações), fissuras, trincas e danos que comprometam a integridade das estruturas analisadas. Com o resultado da inspeção, será possível avaliar a segurança dos imóveis. A previsão é de que o trabalho seja concluído em 45 dias.

Há relação direta entre a mineração e o afundamento em bairros de Maceió.

CPRM e CEI

Na semana passada, a CPRM apontou a empresa Braskem como responsável pelas rachaduras, fissuras e afundamento do solo nos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange. Na mesma ocasião, os técnicos do Serviço Geológico do Brasil revelaram que a empresa havia entregado documentos sobre as atividades de mineração que não correspondiam com a realidade.

Após as oitivas da quinta-feira, a CEI vai confrontar as informações e, se ficar comprovado que a Braskem utilizou dados falsos para se defender das acusações, não está descartado que a Câmara peça a prisão dos culpados, como explica o presidente da CEI, vereador Francisco Sales (PPL).

Nesta semana, o Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas ajuizou ação civil pública com pedido de liminar contra a Braskem, a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Instituto de Meio Ambiente (IMA) de Alagoas.

O objetivo da ação é para que sejam adotadas medidas cabíveis ao procedimento de paralisação das atividades de exploração de sal-gema no estado de Alagoas, considerando que intervenções inadequadas podem agravar a situação.

Antes, a empresa Braskem divulgou uma nota informando que vai paralisar as extração de sal e interromper atividades das fábricas de cloro-soda e dicloretano localizadas no bairro do Pontal da Barra em Maceió/AL.

B