No rastro do desmonte das políticas sociais do atual governo, o Banco do Brasil esqueceu por completo os pequenos proprietários rurais do País e passou a bancar os grandes, como mostra o seu balanço trimestral. O balanço revela que quase 60% dos recursos que seriam destinados a agricultura familiar foram para o agronegócios.
Os dados revelam que no primeiro trimestre de 2018, as operações de crédito rural somavam R$ 161,888 bilhões, aumento de 6,3% sobre igual período de 2017, sendo que só a fatia da agropecuária passou de 24% para 25,9%.
Com a redução dos investimentos na agricultura familiar, a safra de 2018 será menor que a do ano passado, segundo as estimativas dos órgãos de fomento à agricultura do próprio governo, para as lavouras de soja, milho, feijão, arroz, e algodão.
Por ter ampliado a área plantada, a expectativa é de que a produção de soja, segundo a Céleres Consultoria, tenha uma produção ainda maior.
Mas, na divisão dos créditos à agropecuária pelo Banco do Brasil no primeiro trimestre de 2018 é surpreendente. O setor que mais recebeu créditos (21,9% do total) foi a bovinocultura (14,3% para a pecuária de carne e 7,6% para a produção de leite)
O detalhe é que com toda a concentração de renda voltada para os grandes produtores, o Banco do Brasil registrou em março uma inadimplência do setor de mais de R$ 1 bilhão só no mês de março. O calote tende ser de mais de 80% no final do governo.