25 de junho de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

IBGE diz que trabalho cresce na informalidade e cai com carteira assinada

o número de pessoas sem carteira assinada no setor privado foi a 11,689 milhões, o que representa um aumento de 4,7

Diante de uma economia que caminha sem fôlego expressivo, o trabalho formal no Brasil continua em degradação e, de acordo com o IBGE, a informalidade atingiu no trimestre até novembro nível recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, em meio a fatores como a falta de estabilidade, o rendimento baixo e a falta de segurança previdenciária.

O emprego com carteira assinada registrou queda de 0,8 por cento em relação aos três meses até novembro de 2017, a 32,962 milhões de pessoas.

Por sua vez, o número de pessoas sem carteira assinada no setor privado foi a 11,689 milhões, o que representa um aumento de 4,7 por cento na comparação com o ano passado.

“Desde o segundo trimestre de 2018, percebeu-se queda significativa da desocupação, o que seria uma notícia excelente não fosse o fato de ela vir acompanhada por informalidade. Ou seja, em termos de qualidade, há uma falha nesse processo de recuperação”, afirmou o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo.

O IBGE apontou ainda que o rendimento médio do trabalhador foi de 2.238 reais no trimestre até novembro, contra 2.235 reais nos três meses até outubro e também 2.235 no mesmo período de 2017.

Em novembro, o Brasil registrou criação líquida de 58.664 vagas formais de emprego, no melhor dado para o mês desde 2010, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.