Segundo diagnóstico é do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), as praias turísticas alagoanas estão próprias para banho. A informação é segundo o relatório de balneabilidade de todo o litoral alagoano.
Praias como Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, principais da orla urbana de Maceió, permanecem em condições normais. O mesmo acontece com as praias do Gunga, Francês e Barra de São Miguel, no litoral Sul da região metropolitana de Maceió.
Já na região Norte, as mais visitadas, como Antunes, Burgalhau e São Bento, em Maragogi, também estão aptas. Destinos como Japaratinga, São Miguel dos Milagres, Barra de Santo Antônio e Paripueira, também estão prontas para receber os turistas.
Do total de pontos analisados pelo IMA, apenas três foram considerados impróprios, mesmo com o registro das manchas de óleo em 15 pontos de 12 municípios. Segundo a equipe de Gerenciamento Costeiro do Instituto, isso se deve, principalmente, a dois motivos: a resposta imediata de limpeza das praias e, por se tratar de petróleo temperizado, condensado em fragmentos, o material não alterou a balneabilidade das praias.
A situação é diferente de casos como os dos Estados da Bahia e Sergipe, onde o óleo ainda apresenta características específicas e pode se dispersar na água e alterar as condições de balneabilidade.
Grupo técnico de limpeza
De norte a sul de Alagoas, entidades fazem varredura para encontrar e limpar manchas de óleo nas praias. As equipes se dividem em avaliações por terra e por ar desde o início desta terça-feira (15). As ações estão sendo coordenadas pelo Grupo Técnico de Acompanhamento (GTA), formado após reunião que aconteceu na segunda-feira (14).
O Grupo é constituído por representantes dos órgãos estaduais – Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh); federais – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); e Marinha – Capitânia dos portos. Contando ainda com o apoio das secretarias de Meio Ambiente dos municípios atingidos.
Segundo Alex Gama, secretário executivo de gestão interna da Semarh, o GTA pretende “articular as ações dos órgãos, otimizar os recursos e dar suporte aos municípios na limpeza e melhor articulação para a coleta e disponibilização final desse material”, disse.
Para a operacionalização das ações, o grupo conta com três helicópteros disponibilizados pela Marinha, Ibama e governo do Estado, além das embarcações do IMA e da Capitânia dos portos, que também disponibilizou o píer para embarque, desembarque e acomodação de materiais. O GTA deverá realizar reuniões, inicialmente, diárias para avaliação e definição de novas ações.
O Grupo fará, ainda, o registro diário da situação das praias, conforme informações repassadas pelos municípios. O Ibama estabelecerá uma espécie de protocolo para categorizar as manchas, por intensidade e ocorrência; as ações continuarão diariamente por terra, ar e mar; após a definição de possíveis ações emergenciais os esforços serão concentrados para limpeza e retirada dos materiais antes da subida de maré.