20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Janones diz estar com celular de Bebianno e promete “bomba” contra Bolsonaro

Ex-ministro, morto após ataque cardíaco, era responsável pela segurança do presidente e foi substituído contra vontade por Carlos Bolsonaro no dia da facada

Aliado do candidato Lula (PT) nesta campanha presidencial, o deputado André Janones (Avante-MG) promete uma “bomba” contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Isso porque ele afirma ter em mãos o celular do ex-ministro Gustavo Bebianno, então, presidente nacional do PSL, partido de Bolsonaro durante as eleições de 2018, que morreu vítima de um infarto em 2020.

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Bebianno foi uma das figuras mais próximas a Bolsonaro ao longo da campanha, sendo um de seus principais conselheiros, e depois atuando como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Ele seria o segurança de Jair no dia da facada (sendo trocado contra sua vontade por Carlos Bolsonaro) e foi um dos primeiros a romper com Bolsonaro.

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Antes de morrer, em março de 2020, Bebianno disse ter guardado material, “inclusive fora do Brasil”, para ser usado caso algo acontecesse com ele. O material estaria arquivado no celular do ex-ministro, com conteúdos relacionados ao presidente Bolsonaro.

Carla Zambelli respondeu ao colega da Câmara dos Deputados: “Mortos não falam mesmo. O Celso Daniel não fala também, mas seus registros, sim”, disse. Celso Daniel (PT-SP) foi prefeito de Santo André (SP), e morreu assassinado a tiros em 2002.

A senadora Mara Gabrilli (PSDB) realizou uma acusação de que Lula teria envolvimento na morte do ex-prefeito, a qual foi veiculada no programa Jovem Pan News.

O presidente Jair Bolsonaro também já havia mencionado tal acusação, mas o trecho do conteúdo da senadora foi compartilhado pela deputada federal Carla Zambelli (PL) e pelo senador Flávio Bolsonaro (PL). Sobre a acusação, Lula recebeu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) direito de resposta.

Seis pessoas foram condenadas pelo assassinato de Celso Daniel e cumprem pena, mas nenhuma delas tem relação com o Partido dos Trabalhadores.

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