19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Magoado, Magno Malta reclama por não “receber a marmita”

Senador não foi reeleito e acusa os filhos de Bolsonaro e o general Hamilton Mourão pelo veto ao seu nome para o Ministério da Cidadania

A indicação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania irritou a bancada evangélica. São 180 deputados dispostos a se rebelar caso não tenha cargos na Esplanada.

Quem é Osmar Terra comparado ao Magno Malta?”, questiona o pastor Silas Malafaia. Este já é o segundo entrave com colegiado. O primeiro foi quando Bolsonaro indicou Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação sem aguardar a sugestão dos evangélicos.

“Aprendi uma coisa: gratidão é memória do coração”, diz o pastor, que recentemente gravou um vídeo em apoio ao senador capixaba. Segundo Malafaia, para Bolsonaro na campanha, Malta “esqueceu a campanha dele e tomou ferro”. Agora ficou a ver navios.

Antes, ao lado de Malafaia em um culto, o presidente eleito já admitiu não ser o mais capacitado, mas que Deus o daria forças. Resta saber se esse racha com a bancada religiosa atrapalhará o auxílio divino.

Bolsonaro chegou a dizer em junho, na Marcha para Jesus, que enviou uma “cartinha de amor” para convencer seu “vice dos sonhos” a ficar do seu lado. Malta, contudo, declinou o convite.

Magoado

O senador Magno Malta (PR/ES) deixou Brasília dizendo estar “magoado e machucado”, após ter sido preterido mais uma vez pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), no Ministério da Cidadania. Malta, aquele que puxou a reza de Bolsonaro em cadeia nacional. E que também rezou ao lado do futuro presidente, em seu leito no hospital, após ser esfaqueado.

Ele viajou para se isolar num sítio, reclamando estar entre os últimos a serem convocados. “Vou receber a marmita?” Até agora nem isso. Malta acusa os filhos de Bolsonaro e o general Hamilton Mourão pelo veto ao seu nome.

Vice do presidente eleito, o general Antonio Hamilton Mourão chegou a se referir a Malta como um “elefante na sala” depois de ter rejeitado ser o número dois de Bolsonaro.

Segundo Malafaia, Malta “está lá no sítio dele no Espírito Santo”, recolhido, e ainda “ora pra Bolsonaro dar certo”.