A memória dos atos antidemocráticos ocorridos no Brasil há exatamente 1 ano, traz à realidade a gravidade da tragédia que esteve prestes a acontecer, se uma bomba de um caminhão tanque com 63 mil litros de combustível para avião, tivesse explodido no entorno do aeroporto de Brasília.
A bomba no aeroporto, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro, cujo presidente acabara de perder as eleições foi instalada em 24 de dezembro, como se fosse um presente de natal do terror.
Os responsáveis saíram do acampamento em frente ao Quartel do Exército, com a estratégia de explodir a bomba e promover o caos para que o governo então decretasse estado de sítio e a intervenção militar em seguida.
A bomba não explodiu graças ao motorista do caminhão que descobriu a bomba e chamou a polícia que movimentou delegacias especializadas para desarmá-la. As investigações realizadas levaram aos bolsonaristas acampados na porta do quartel.
Foram eles: o empresário paraense George Washington de Oliveira Sousa, considerado o mentor do esquema, o blogueiro e ex-assessor da ministra Damares Alves, Wellington Macedo de Souza, conhecido como “homem-bomba dos atos golpistas” e o taxista Alan Diego dos Santos, natural de Comodoro, no Mato Grosso.
Wellington e Alan já haviam sido identificados pela tentativa de invasão à sede da Polícia Federal, em 12 de dezembro, data da diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Os manifestantes incendiaram carros e ônibus, por protesto contra a prisão do indígena e militante bolsonarista José Acácio Serere Xavante, e chegaram a entrar em confronto com a Polícia Militar.
Eles foram presos e condenados
Eles foram denunciados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e se tornaram réus em processo que correu na 8ª Vara Criminal de Brasília. George Washington foi condenado a nove anos de prisão; Alan Diego, a de cinco anos de prisão; e o blogueiro Wellington Macedo foi preso no Paraguai e condenado no Brasil a seis anos de prisão.