12 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Mesmo mantendo selic a 6,5%, dólar alcança R$ 3,70

Dólar para turistas era vendido entre R$ 3,87 e R$ 3,90 em cash. No cartão pré-pago, a moeda variava entre R$ 4,06 e R$ 4,09

Quem protestou contra o governo Dilma, para que o Real chegasse mais perto da moeda americana, provavelmente não esperava por isso. O dólar comercial fechou esta quinta-feira (17) em alta de 0,62%, cotado a R$ 3,701 na venda. Foi o quinto avanço seguido da moeda norte-americana e o maior valor de fechamento desde 16 de março de 2016 (R$ 3,739). Na véspera, o dólar subiu 0,48%. A Bolsa, por outro lado, teve a maior queda em um ano.

Com isso, o dólar para turistas era vendido entre R$ 3,87 e R$ 3,90, no dinheiro vivo, nas corretoras de São Paulo. No cartão pré-pago, a moeda variava entre R$ 4,06 e R$ 4,09. Os valores já consideram o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O valor do dólar divulgado diariamente refere-se ao dólar comercial, que tem cotação menor que o dólar das casas de câmbio.

Juros

O Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano. A decisão, anunciada na véspera após o fechamento dos mercados, surpreendeu analistas, que esperavam novo corte para 6,25% ao ano. A manutenção dos juros, que tende a manter a atratividade de aplicações brasileiras, não foi suficiente para despertar o otimismo no mercado.

Investidores têm aumentado suas apostas de que os Estados Unidos vão acelerar o ritmo de alta dos juros este ano, depois de dados firmes sobre a economia do país. Taxas maiores nos EUA podem atrair para lá recursos aplicados hoje em mercados financeiros considerados de maior risco, como o Brasil.