4 de dezembro de 2023Informação, independência e credibilidade
Política

Metade do novo fundo bilionário vai para Coligação de Alckmin

PT será segunda a mais receber, com verba de R$ 270 milhões: Partidos receberão R$ 1,72 bilhão de dinheiro público

O PSDB do candidato à presidência, Geraldo Alckmin, mais sua coligação que vem com a força do Centrão, receberá a metade do novo fundo de campanha que, nos próximos dias, injetará R$ 1,72 bilhão de dinheiro público nas contas dos partidos.

Na propaganda eleitoral da TV, o tucano já detém a maior parte, 44%. Financeiramente falando, a fatia é maior ainda, 48% do total, totalizando R$ 828 milhões. Essa verba não pode ser usada na integralidade pela campanha de Alckmin, porém.

Ela será distribuída proporcionalmente aos candidatos das nove siglas coligadas, a governador, senador e deputados. Além disso, nesta eleição haverá um teto definido para as campanhas.

Cada candidato a presidente poderá gastar até R$ 70 milhões no primeiro turno e mais R$ 35 milhões em eventual segundo turno. Isso implica que, somados, presidenciáveis devem gastar mais da metade que Dilma há quatro anos.

O PSDB aprovou resolução interna definido que a campanha de Alckmin terá pelo menos R$ 43 milhões do fundão, mas esse valor deve crescer.

Fatias

A segunda maior fatia do “fundão” irá para a coligação capitaneada pela candidatura presidencial do PT, com R$ 270 milhões. Hoje líderes nas pesquisas nos cenários sem o ex-presidente Lula, Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede) são de partidos nanicos e conseguiram, cada um, apenas outro nanico como apoiador.

Com isso, suas chapas terão valores pequenos, em comparação ao bolo geral —R$ 13 milhões e R$ 35 milhões, respectivamente. E a razão é simples: quanto mais deputado federal tem um partido, mais participação ele tem dentro do Fundo Partidário.

Ilustração: Folha