Questionada pela Valor, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), que concorrerá a uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul, questionou se não poderá usar mais viagra.
“Então, tem o velhinho aqui: eu não posso usar o meu Viagra, pô? O que são 35 mil comprimidos de Viagra para 110 mil velhinhos que tem? Não é nada”.
Ele se referiu à compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas e que o presidente Jair Bolsonaro disse ser para controle de pressão arterial.
E sobre a repercussão da compra (que incluiu também próteses penianas), Mourão classificou a polêmica em torno do caso como “coisa de tabloide sensacionalista”.
“Lógico que está havendo exagero. Mesmo que seja para o cara usar [para disfunção erétil]. Vamos colocar como funciona o sistema de saúde do Exército: um terço é recurso da União, que é o chamado fator de custo, é a contrapartida da União para os militares. E dois terços é o fundo de saúde que é bancado pela gente. Então, eu desconto 3% do meu salário para o fundo de saúde. E todos os procedimentos que eu faço a gente paga 20%, além dos 3% que ele desconta. Nós temos farmácias. A farmácia vende medicamentos. E o medicamento é comprado com recursos do fundo”.
Ele defendeu as compras argumentando que boa parte da verba utilizada sai de um fundo alimentado por descontos nos salários dos militares.
Pode, Mourão, é só ir até a farmácia da esquina e comprar. Simples assim.